Os santos, na crença católica, são figuras divinas enviadas por Deus para realizar suas bondades na Terra. Se tratam de seres humanos comuns na aparência, porém, são repletos de virtudes que o destacam entre os outros pelos seus feitos e provações.
Santa Marina é um exemplo disso. Ela, cuja história ganhará destaque em um curta-metragem, será retratada como uma figura LGBTQIAP+. O filme também será narrado pelo padre Júlio Lancelotti, o qual é conhecido por seus trabalhos em favor dos menos favorecidos.
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Porém, nada disso é algo novo. Poucas pessoas conhecem de verdade a história de Santa Marina, ou de Marino, como ela ficou conhecida em boa parte da vida. Por esta razão, você poderá conhecer melhor a trajetória vivida por ela.
A ORIGEM DE SANTA MARINA
Muitos dos escritos antigos dizem que Marina viveu no Líbano no século VI, onde vivia com o pai, Eugênio, que a doutrinou nos valores cristãos.
Em um certo tempo, Eugênio decidiu que se tornaria monge e abdicaria de todos os bens e riquezas, a fim de salvar sua alma. Porém, isso também significaria que os dois teriam que se separar, pois não era permitida a entrada de mulheres no mosteiro.
Após muitas discussões, Marina então sugeriu que ela entrasse no mosteiro, porém disfarçada como um homem. O pai concordou, doou todos os bens aos pobres e se tornou monge junto à filha, porém, antes de entrarem nesta vida, ele cortou os cabelos de Marina e passou a chamá-la de Marino.
Depois dos últimos avisos do pai, ela prometeu conservar-se sempre pura para Cristo e nunca ser reconhecida como uma mulher. Em seguida, ambos adentraram na vida monástica e o jovem Marino progredia na virtude.
VIDA NO MOSTEIRO
Os demais monges do mosteiro acreditavam que Marino fosse um rapaz, mas estranhavam sua voz e a ausência de barba, mas atribuíam isto à sua rigorosa e austera religiosidade, e à prática de alimentar-se somente a cada dois dias.
Pouco tempo depois, Eugênio morreu, mas Marino continuou fiel e dedicado na prática das virtudes monásticas.
No mosteiro, viviam quarenta monges e, todos os meses, um grupo de quatro deles era designado pelo abade para sair do local sagrado e angariar recursos, pois a prática também viabilizava a sobrevivência de outros eremitas solitários da região.
Na metade do caminho havia uma hospedaria onde os monges cansados da viagem tinham a oportunidade de repousarem, continuando a volta ao mosteiro no dia seguinte.
Certa ocasião, o abade chamou Marino e, como este era perfeito em tudo e em modo particular na obediência, mandou-o sair a serviço da comunidade. Marino obedeceu no mesmo instante e saiu com outros três companheiros. Durante o trajeto pararam um pouco na hospedaria, onde se encontraram casualmente com um soldado.
ACUSAÇÃO
O dono da hospedaria tinha uma filha que foi seduzida pelo soldado e a engravidou. Quando o militar soube do fato, para se livrar da responsabilidade, persuadiu a moça a revelar a seu pai que estava grávida daquele monge jovem e belo chamado Marino que tinha se hospedado por ali.
Depois de certo tempo, o dono da hospedaria, percebendo a gestação da filha, quis saber a verdade. E ela contou que o responsável pela gravidez era o jovem monge Marino.
Mesmo sendo inocente, Marino não se defendeu da calúnia e suportou todas as injúrias como provação divina. O jovem monge foi expulso do mosteiro e, quando a criança nasceu, ela foi entregue aos seus cuidados.
Durante três anos, Marino viveu à porta do mosteiro, jejuando e implorando pela misericórdia divina, recebendo algumas esmolas de mãos bondosas.
O abade, tocado por sua contrição, admitiu Marino novamente no mosteiro, mas impôs como castigo que ele realizasse os serviços mais pesados e humilhantes. Como as atividades eram muito exaustivas e o jovem estava muito desgastado por tudo o que havia sofrido nos últimos três anos, em pouco tempo veio a falecer.
REVELAÇÃO
Enquanto o abade e os monges preparavam o corpo para o enterro, descobriram que Marino se tratava de uma mulher e, portanto, era inocente da calúnia. O corpo da Santa foi sepultado no mosteiro ao som de hinos e salmos a Deus louvando sua pureza e santidade.
Por intercessão de Santa Marina foram relatados muitos milagres e seu culto teve grande expansão. No dia 12 julho de 1230, as suas relíquias foram transportadas para Veneza, na Itália, onde são conservadas até hoje, na Igreja Santa Marina Formosa.
Santa Marina foi um exemplo de humildade e fidelidade a Deus. Hoje, ela é invocada pelos fiéis como poderosa intercessora diante de Jesus nos casos de maiores provações, doenças ou calúnias. O Martirológio Romano considera o dia 18 de junho como a data dedicada à memória de Santa Marina.
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