Projeto levará água potável a mais de 3 mil pessoas no interior do Pará

Ter acesso à água potável ainda é um desafio enfrentado por famílias que vivem em áreas isoladas do Pará. Em regiões rurais, a escassez de infraestrutura básica compromete a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar da população. Para mudar esse cenário, o Governo do Estado está colocando em prática um projeto que alia tecnologia, inclusão social e sustentabilidade. A proposta é simples, mas poderosa: levar água limpa e tratada a quem mais precisa, utilizando energia renovável e soluções que respeitam o meio ambiente.

A iniciativa desenvolvida pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria das Cidades e Integração Regional (SECIR), vai levar abastecimento de água para mais de 3 mil moradores de zonas rurais de municípios do interior do estado. A iniciativa une o compromisso social à preservação ambiental, utilizando fontes de energia limpa e renovável.

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A proposta contempla sistemas de distribuição que contarão com soluções sustentáveis, garantindo a eficiência do serviço com baixo impacto ecológico. Os equipamentos funcionarão com energia solar, uma matriz limpa e livre de emissão de poluentes. Além disso, o projeto inclui dispositivos específicos para retenção do lodo gerado durante o processo, evitando o descarte direto no meio ambiente.

No total, moradores de 56 comunidades rurais distribuídas em 17 municípios serão contemplados com a tecnologia. Entre as cidades que receberão os sistemas estão Juruti e Óbidos, situadas na região oeste do Pará, onde as ordens de serviço já foram assinadas para o início das obras. Os demais municípios ainda estão em processo licitatório, conforme informou a SECIR.

Como vai funcionar?

Segundo a secretaria, os sistemas são compostos por captação subterrânea, com poços que variam entre 100 e 150 metros de profundidade. Eles contarão com tratamento químico e purificação por ultrafiltração.

No caso dos microssistemas, a distribuição da água tratada será feita por meio de torneiras instaladas na saída do reservatório, para que a população possa se deslocar até os pontos de coleta. Já nos sistemas completos, a água será canalizada até as residências dos moradores. Para garantir a operação ecológica, toda a estrutura será alimentada por energia solar.

Em relação às responsabilidades, a SECIR esclarece que cabe ao Estado a implantação dos sistemas nas localidades selecionadas. A partir da entrega, a gestão e manutenção dos equipamentos ficará a cargo das prefeituras.

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Saúde pública e responsabilidade social

Com investimento de R$ 49,7 milhões, provenientes do Novo PAC, firmado entre o Governo do Pará e o Ministério das Cidades, os projetos estão em consonância com o novo marco legal do saneamento básico (Lei nº 14.026/20). A legislação determina metas para a universalização do acesso à água potável e tratamento de esgoto em todo o Brasil, com objetivo de alcançar 99% de cobertura até 2033.

A titular da SECIR, Fernanda Paes, afirma que os sistemas não apenas trarão melhorias significativas na qualidade de vida dos moradores, mas também representam um avanço na prevenção de doenças e no compromisso ambiental.

“Esses sistemas vão proporcionar mais dignidade à população das zonas rurais do interior paraense. São pessoas que nunca tiveram acesso a chuveiro ou torneira dentro de casa. Com isso, reduzimos os riscos de enfermidades causadas por água contaminada, elevamos o padrão sanitário e promovemos mais respeito à vida. Além do impacto social, os projetos são sustentáveis – movidos por energia limpa, o que garante independência e funcionamento contínuo por meio de placas solares. Estamos falando de saúde pública, integração e compromisso ambiental e social”, destacou Fernanda Paes.

Veja a lista de municípios e comunidades que serão contempladas com o projeto:

Municípios (e respectivas localidades) que vão receber microssistemas de abastecimento de água:

• Alenquer (Comunidades Canaã, Mamia, Curicaca e Novo Horizonte)
• Aveiro (Comunidade Santa Cruz)
• Belterra (Comunidades Henry Ford, Pindobal, Familiar Rural, São Francisco e Ramal do Veado)
• Breves (Comunidades Nossa senhora da Luz, Santa Luzia, Santo Amaro, Antônio Lemos, Corcovado)
• Curralinho (Comunidades Santo Antônio das araras na Ilha das Araras e Estrela do Oriente na vila Araújo do Rio Canaticu)
• Itaituba (Comunidades Campo Verde, Miritituba, Barreiras e São Luiz do Tapajós)
• Mojuí dos Campos (Comunidades Boa Fé, Garrafão, Terra do Preta dos Lucius e Portelinha)
• Monte Alegre (Comunidades do Km 35 e do Km 11)
• Oriximiná (Comunidades Boa Esperança lago Batata, Cachoery, Nossa Senhora de Nazaré Castanhal, Vila Chicão Acari e Nova Esperança Lago Flexal)
• Rurópolis (Comunidade Duque de Caxias, São João Batista, Raquel de Queiroz e Comunidade Flor da Selva)
• Salvaterra (Comunidade Joanes, Jubim, Bairro Alto e Condeixa)

Municípios (e respectivas localidades) que vão receber sistemas completos de abastecimento de água:

• Almeirm (Comunidades Jaburu, Bacabal, Fé em Deus e Peniel)
• Prainha(Comunidade Santa Maria)
• Juruti (Comunidade Curumucuri)
• Óbidos (Nossa Senhora das Graças Paraná de Baixo)
• Terra Santa ( Comunidade Abaucú)
• Santarém (Aracuri, Jacaré, Jacarézinho, João Pereira, Poço de Antas, São José e Santa Rosa)