Manifestantes bloquearam as duas vias de acesso ao trânsito da ponte sobre o rio Tocantins na tarde desta segunda-feira (12) em Marabá, sudeste paraense. O bloqueio foi em uma das principais vias de acesso e de movimentação de trânsito na BR-222 na entrada do município, causando um enorme engarrafamento nos dois lados da pista.
O protesto é feito pelos representantes do Sindicatos dos Bares e Restaurantes de Marabá e dos Músicos que pediam a presença do prefeito Tião Miranda para negociar o relaxamento da abertura dos locais que ainda estão sob decreto no município. O decreto 184/2021 de 6 de abril de 2021 declara em seu artigo 8 que "permanecem proibidos e fechados ao público os bares, boates, casas noturnas, casas de shows e estabelecimentos afins, bem como a realização de shows e festas".
Os manifestantes reclamam ainda da cobrança de Alvará de Funcionamento por parte da prefeitura, mesmo com os estabelecimentos noturnos fechados. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros Militar compareceram ao local. Apenas ambulâncias atravessaram o bloqueio.
Segundo o músico MC "Cabelo de Ouro", o objetivo é chamar a atenção do prefeito municipal para uma rodada de negociação. "Aqui só tem pais de famílias, e quando a prefeitura precisa dos músicos estamos à disposição", declarou. "Então só queremos que ele venha conversar, o governador Helder Barbalho abriu espaço pra conversar com a gente, então porque o prefeito não pode também conversar?", reclamou.
O garçom Yuri Barbosa de 22 anos também participou da manifestação e disse que o objetivo principal é chamar atenção do prefeito para uma negociação. "Já acampamos em frente à prefeitura de Marabá, já fechamos a Velha Marabá e o prefeito nunca conversou com a gente", disse. "Dói muito você ouvir de seu filho que tá com fome e quer comer uma bolacha e você não ter dinheiro pra comprar uma bolacha, é muito difícil", desabafou.
PREFEITURA RESPONDE
A prefeitura de Marabá emitiu uma nota a respeito da situação. Informou que “A Prefeitura de Marabá não tem medido esforços para atender a forte demanda provocada pela Pandemia. Medidas restritivas são necessárias e ainda assim, em muitos casos, são desrespeitadas por um parcela da população", salientou.
Disse ainda que "não é momento para ações de vandalismo como esta. Toda a gestão está envolvida no processo de amparo a músicos, ambulantes com auxílios de cestas básicas e dentro do possível, acelerando o processo de vacinação para que possamos sair o mais rápido possível desta pandemia, abrindo mais leitos para atender a uma demanda cada vez mais crescente de casos confirmados e, infelizmente, graves", declarou.
Ainda disse em nota que "O diálogo sempre aconteceu, prova disso, são as diversas reuniões que donos de bares, restaurantes e afins participaram e dialogaram com a equipe técnica da gestão Covid. Mas se faz mais que necessário, neste momento, que em nome das mais de 300 vítimas e hospitais lotados em nossa cidade, um esforço ainda maior. A COVID ainda é subestimada por muitos e isto é inadmissível. O diálogo neste momento tem que ser a favor da ciência e da vida", finalizou.
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