A Polícia Federal, com apoio do Exército e da Marinha do Brasil, deflagrou nesta terça-feira (20), uma megaoperação chamada de "Black Hawk" para combater os crimes de atividade ilegal de mineração e atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública na região de Marabá, no sudeste paraense.
A operação serve ainda para garantir a segurança da linha de transmissão de alta tensão de energia elétrica, o que ameaçava o fornecimento de abastecimento energético do sistema interligado nacional.
O linhão de ultra alta tensão que escoa energia elétrica gerada na usina de Belo Monte e aos centros de consumo de energia do país. Tal estrutura foi construída pela BMTE – Belo Monte e se estende desde o município de Xingu/PA até Estreito/MG, passando pelos estados do Pará, Tocantins, Goiás e Minas Gerais.
Na base de cada torre da linha de energia há uma área de 50 metros em cada direção a partir do centro da estrutura e serve para garantir a segurança e a estabilidades das torres. Porém, a extração ilegal de minério na região tem avançado e tem colocado em risco essa área de segurança. Assim, consequentemente, fica ameaçado o fornecimento de energia aos grandes polos consumidores de energia.
De acordo com a PF, caso essa extração ilegal avançasse, haverá graves impactos econômicos, podendo afetar o fornecimento de energia para milhões de brasileiros, sem mencionar o risco de falta de eletricidade nos hospitais que atendem a atual demanda da pandemia de covid-19.
O objetivo da operação é dar cumprimento aos mandados de busca e apreensão, com vistas a inibir a atividade mineradora ilegal na região com o maior degradação nas áreas de segurança, assim como avaliar a situação atual da mineração na região, garantir a segurança da equipe de engenheiros da BMTE, a qual fazem a averiguação da linha de transmissão e contribuir com a operação Verde Brasil II, que combate aos incêndio, desmatamento e garimpo ilegal na região da Amazônia Legal.
A deflagração contou com o apoio de 18 policiais federais, 32 policiais militares e 4 funcionários da BMTE; além de terem sido utilizados 4 quatro viaturas veladas, 2 viaturas ostensivas da Polícia Federal, 4 helicópteros (sendo 3 das forças armadas e 1 da BMTE) e 3 viaturas do Exército Brasileiro.
Caso confirmada a hipótese criminal, os envolvidos serão responsabilizados pelos delitos do art. 55 da Lei 9.605/98, art. 2º da Lei 8.176/91 e art. 265 do CP, que somados podem redundar em reclusão acima de 10 anos.
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