A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (29) um homem de 35 anos em Parauapebas, sudeste do Estado, acusado de estupro de vulnerável e pornografia infantil. A prisão se deu no contexto da operação “Atrocitas”, coordenada pela Delegacia de Polícia Federal de Marabá.
Além de Parauapebas, a operação ocorreu simultaneamente nas cidades de Viseu e Senador Canedo, em Goiás, onde foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.
As investigações iniciaram a partir de relatório produzido pelo Núcleo de Repressão aos Crimes de Ódio e à Pornografia Infantil na Internet da Polícia Federal (NURCOP/DRCC/CGPFAZ), setor especializado no combate ao abuso sexual infantil.
De acordo com o delegado Ezequias Martins, que comandou a investigação, as vítimas eram uma ex-enteada do acusado, que tinha apenas 6 anos na época do crime e a atual enteada dele, que tinha 15 anos. “Em relação a primeira houve estupro de vulnerável com ela. Ele produziu conteúdo para disponibilização na internet e realizou diversos atos de estupro com a criança que na época tinha 6 anos e hoje tem 8 anos, para vocês terem a ideia da gravidade das condutas praticadas”.
Em relação a outra adolescente, na época ela tinha 15 anos, segundo ele, foi uma relação consentida. “Ele passou com riquezas de detalhes como fez e o que fez e indicou os dispositivos eletrônicos onde ele armazenava esses conteúdos”, contou o delegado.
Ezequias Martins disse ainda que o acusado, um profissional da área de tecnologia da informação, é muito frio e tem muito conhecimento técnico, domínio de sistema de internet, redes avançadas que não são acessíveis a qualquer tipo de usuário.
As investigações apontaram que os estupros eram fotografados, as cenas eram armazenadas em aparelhos telefônicos e servidores na internet (nuvem). Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, os agentes federais apreenderam em poder do homem 15 HDS e 10 pen drive.
O acusado pode responder pelos crimes de estupro de vulnerável (Art. 217-A do Código Penal), produção de conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente (Art. 240 da Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente) e armazenamento de conteúdo pornográfico infantil (Art. 241-B da Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente). As investigações seguem em andamento.
"Atrocitas" é o termo em latim para atrocidades, ação repleta de perversidade e crueldade.
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