Autópsias de pacientes que morreram em decorrência da Covid-19 estão revelando mais detalhes sobre como o vírus se comporta em no corpo humano, incluindo alguns mecanismos que intrigam os médicos. Um estudo americano publicado recentemente na revista The Lancetmostrou que vítimas fatais apresentam coágulos sanguíneos em “quase todos os órgãos”, o que pode gerar uma série de outros sintomas e complicações possivelmente fatais. 

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De acordo com os especialistas, os coágulos são pequenas estruturas sólidas formadas por componentes do sangue que surgem naturalmente como parte do processo de cicatrização, “tampando” ferimentos nos vasos sanguíneos e estacando sangramentos. No entanto,  esses coágulos podem acabar entupindo veias e prejudicando a circulação sanguínea é o que chamamos de trombose.

No caso da Covid-19, esse quadro pode gerar uma série de de complicações, dependendo do órgão que atinge, como derrames cerebrais, embolia pulmonar, paradas cardíacas, insuficiência pulmonar e outros. 

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Ainda segundo os especialistas, em países que enfrentaram o vírus cedo, como China e Itália, muitos médicos já haviam observado a presença de coágulos em em casos graves, especialmente nos pulmões. Pesquisadores brasileiros foram uns dos primeiros a detectar o quadro trombótico em autópsias das vítimas fatais. 

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Uma série de evidências só confirma que a doença também tem uma faceta hematológica importante.  Agora, o novo estudo, feito por pesquisadores do hospital universitário da Universidade de New York, mostrou que o problema pode ser ainda maior do que se imagina. 

Uma série crescente de evidências aponta para a coagulação extrema como complicação possivelmente fatal da Covid-19. Foto: Reprodução

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