Mais de 100 mil pessoas voltaram a se reunir em Minsk e dezenas de cidades de Belarus (pronuncia-se Belarús) neste domingo (23), 15º dia de protesto desde a contestada eleição presidencial do dia 9, que deu um sexto mandato ao ditador Alexander Lukachenko.
Na capital bielorrussa, o governo aumentou a pressão sobre os manifestantes, fechando saídas de metrô no centro da cidade, ameaçando os participantes de prisão, espalhando centenas de tropas de choque (Omon) e do Exército pela cidade e cercando com arame farpado a esplanada do Herói Nacional, palco da manifestação recorde do domingo passado.
Na esplanada, jornalistas chegaram a ser detidos por alguns minutos por soldados do Exército e liberados com a recomendação de não voltar, ou seriam presos.
As medidas de intimidação não impediram que as avenidas centrais de Minsk se transformassem em rios de gente pela segunda vez no mês, pedindo a saída do ditador e a realização de novas eleições livres.
Tikhanovskaia, 37, que assumiu a candidatura depois que seu marido foi preso, mobilizou dezenas de milhares de pessoas no país antes das eleições. O resultado oficial que lhe deu apenas 10% dos votos foi o estopim para os protestos que varreram a Belarus e foram reprimidos com brutalidade.
Ameaçada, ela se exilou na Lituânia. Apesar disso, os manifestantes a consideram a presidente eleita.
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