Pesquisadores da Universidade de Cantábria e do hospital Marqués de Valdecilla, na Espanha, demonstraram que 82,2% dos pacientes internados com Covid-19 no centro de saúde tinham um elemento em comum: a deficiência de vitamina D. O estudo foi publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism nesta terça-feira (27).
Segundo os cientistas, pessoas com deficiência de vitamina D (que, apesar do nome, é um hormônio), tiveram maior percentual de internação em UTI do que pacientes com níveis normais e ficaram mais tempo no hospital (12 contra 8 dias). Não foram encontradas diferenças significativas na taxa de mortalidade.
Participaram da pesquisa 216 pessoas hospitalizadas e 197 que não tiveram a doença.
Apesar dos resultados, os cientistas dizem ainda não ser possível dizer que a deficiência de vitamina D é a causa de um desenvolvimento mais grave da Covid-19 e, por isso, não se sabe se o reforço do hormônio traria qualquer diferença no tratamento.
Outro ponto importante é que os baixos níveis de vitamina D são comuns em pessoas idosas e com doenças crônicas, que fazem parte do grupo de risco para Covid-19 e estão entre os pacientes com maior taxa de internação pela doença.
Os especialistas chamam atenção ainda para a amostra pequena de participantes: o número é considerado baixo, e o fato que estavam todos no mesmo hospital não permite que os dados sejam extrapolados para outros países e grupos étnicos.
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