O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) , Antônio Barra Torres, afirmou que não recebeu pelos canais adequados a informação de que o evento adverso que fez o órgão paralisar o estudo da Coronavac segunda-feira (9) trata-se de suicídio.
A informação pela Secretaria de Saúde de São Paulo, na manhã desta terça-feita (10). Em entrevista coletiva, Torres declarou que a Anvisa não é parceira de laboratório ou de desenvolvedor de qualquer vacina.
O gerente-geral da Anvisa, Gustavo Mendes, explicou que reação adversa esperada no estudo de uma vacina de covid-19 é a morte por covid-19, por isso foi considerado um caso grave.
Segundo ele, a agência recebeu no fim do dia de ontem, do Instituto Butantan, um laudo com todos os eventos do estudo, e um deles, sem muitos detalhes, fez a agência considerar, por unanimidade, que se configurava a falta de segurança para o prosseguimento da pesquisa.
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Mendes afirmou que em reunião nesta manhã a Anvisa decidiu que a decisão de parar a pesquisa foi mantida. "Só vamos liberar quando tivermos certeza, quando tivermos segurança técnica."
O Butantan, de acordo com Mendes, estava nessa reunião e "tinha outras informações" sobre o episódio, mas a conversa não "tratou de evidências".
Barra Torres acrescentou que a Anvisa não comentou e não comentará a tentativa de politização do desenvolvimento de vacinas. Ele foi perguntando sobre a comemoração que fez o presidente Jair Bolsonaro após a interrupção dos estudos do medicamento chinês.
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