A americana Darnella Frazier, de 17 anos, que filmou George Floyd sendo sufocado até a morte por um policial, vai receber um prêmio pela coragem de ter registrado a cena.
"Com nada além de um celular e muita coragem, Darnella mudou o curso da história deste país. [Seu vídeo] acendeu as chamas de um corajoso movimento que pede pelo fim do racismo sistêmico e da violência praticada pela polícia", afirma Suzanne Nossel, presidente da Pen America, associação de defesa da liberdade de expressão que vai homenagear a jovem.
A homenagem a Darnella será feita no início de dezembro em uma cerimônia virtual que vai substituir o tradicional baile de gala que a instituição oferece para entregar o prêmio "PEN/Benenson Courage Award" (prêmio de coragem da Pen/Benenson).
O assassinato de George Floyd gerou revolta nos EUA e impulsionou o movimento Black Lives Matter (Vidas negras importam, em inglês), que luta pelo fim do racismo e da violência policial contra negros no país.
Inicialmente, nenhum policial havia sido responsabilizado pela morte de Floyd. Mas quando o vídeo gravado por Darnella, que mostrava o policial sufocando Floyd, se tornou público, manifestações do Black Lives Matter se espalharam pelos EUA e pelo mundo e a polícia demitiu os oficiais envolvidos no caso. Hoje eles respondem criminalmente pela morte de Floyd.
Darnella vai dividir o prêmio por coragem da Pen America com Marie Yovanovitch, ex-embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia e figura central no impeachment sofrido pelo presidente Donald Trump na Câmara dos Representantes (Trump não foi deposto pois seu impedimento não foi aprovado no Senado).
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