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Cientistas criam tomate modificado para tratar Parkinson

A L-DOPA é produzida a partir da tirosina, um aminoácido encontrado em muitos alimentos

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Imagem ilustrativa da notícia Cientistas criam tomate modificado para tratar Parkinson camera Tomates congelados enriquecidos com L-DOPA | Divulgação/Phil Robinson

Cientistas do Reino Unido produziram um tomate enriquecido com o medicamento L-DOPA, usado contra a doença de Parkinson, para reduzir o preço do remédio, que é caríssimo. O estudo foi publicado na Science é do pesquisador Dario Breitel do Departamento de Biologia Metabólica, do John Innes Center, no Reino Unido.

De acordo com o estudo, os pesquisadores introduziram na planta do tomateiro, um gene responsável pela síntese de L-DOPA, um aminoácido precursor da dopamina neuroquímica, usada pra compensar o suprimento de dopamina em pacientes com doença de Parkinson. A L-DOPA é produzida a partir da tirosina, um aminoácido encontrado em muitos alimentos.

Segundo os especialistas, a equipe inseriu no tomate um gene que codifica uma tirosinase, uma enzima que usa a tirosina para construir moléculas como a L-DOPA. Também conhecida como Levodopa, a L-DOPA tem sido a terapia padrão-ouro para a doença de Parkinson desde seu estabelecimento como medicamento, em 1967.

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A Levodopa é um dos medicamentos essenciais declarados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e seu valor de mercado está na casa das centenas de bilhões de dólares. Isso elevou o nível da substância na fruta e levou a rendimentos mais elevados do que aqueles associados à produção de L-DOPA em toda a planta.

Agora os cientistas querem criar uma linha de produção em que a L-DOPA seja extraída dos tomates e purificada para reduzir o custo do produto farmacêutico.

“Então você poderia aumentar a escala a um custo relativamente baixo. Uma indústria local poderia preparar a L-DOPA a partir de tomates porque ela é solúvel e você pode fazer a extração. Então você poderia fazer um produto purificado de tecnologia relativamente baixa que poderia ser distribuído localmente,” disse a professora Cathie Martin, do Centro John Innes, do Reino Unido.

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