O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai se encontrar com os primeiros-ministros de Austrália, Índia e Japão, impulsionando uma aliança entre os quatro países frequentemente tida como um bastião contra a China.
Será uma das primeiras reuniões, ainda que em formato virtual, para Biden, que prometeu reacender as alianças dos EUA. Ele já realizou sua primeira cúpula virtual com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.
"O fato do presidente Biden ter feito desta reunião um de seus primeiros compromissos multilaterais mostra a importância que damos à cooperação estreita com nossos aliados e sócios no Indo-Pacífico", afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Jan Psaki, nesta terça-feira (9) a repórteres.
Diante da tensão com a China, o encontro será o primeiro que reunirá os líderes do grupo conhecido como "Quad".
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse aos jornalistas que o encontro será "um momento histórico em nossa região e enviará uma mensagem forte sobre nosso apoio a uma região do Indo-Pacífico independente e soberana".
Tanto Psaki como a Índia, que anunciou mais cedo a participação do primeiro-ministro, Narendra Modi, afirmaram que as conversas abordarão temas como as mudanças climáticas e a covid-19 - duas prioridades para a administração Biden.
"Os líderes discutirão questões regionais e globais de interesse comum e trocarão opiniões sobre áreas práticas de cooperação visando manter um Indo-Pacífico livre, aberto e inclusivo", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Índia em um comunicado.
Os diálogos, também envolvendo o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, e o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, abordarão ainda a promoção da segurança marítima e a "garantia de vacinas seguras, equitativas e acessíveis" para combater a covid-19 na Ásia, indicou a nota indiana.
Preocupação
O Japão revelou que Suga falou por telefone na quinta-feira com Modi e expressou alarme sobre as "tentativas unilaterais da China de mudar o status quo no Oriente e no Mar da China", assim como a situação dos direitos em Xinjiang e Hong Kong.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, declarou que o Quad está bem amparado para lidar com com "desafios urgentes", mas, questionado sobre a China, garantiu que a aliança "não é contra nenhum rival individual".
A cúpula segue as negociações entre os ministros das relações exteriores do Quad, quando eles pressionaram em conjunto pela restauração da democracia em Mianmar depois que os militares depuseram a líder democrática Aung San Suu Kyi em 1º de fevereiro.
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