Uma nova variante "duplamente mutante" do coronavírus foi identificada em pessoas na Índia e está preocupando cientistas do mundo inteiro. O mundo científico está verificando se a variante pode ser mais infecciosa e resistente às vacinas. Até o momento não há conclusão sobre a mutação.
A Índia enfrenta um momento difícil nesta pandemia, com surtos em vários estados do país, um dos mais populosos do mundo. Isso pode ter impacto nas exportações das vacinas para diversos países, inclusive para o Brasil, pois a Índia é um dos principais fabricantes e fornecedores da vacina.
Na quarta-feira (24), fontes do ministério das Relações Exteriores disseram à BBC que a Índia pretende suspender temporariamente a exportação de vacinas.
Eles afirmaram que o aumento dos casos indica que a demanda doméstica deve aumentar nas próximas semanas e, portanto, as doses são necessárias para o programa de vacinação da própria Índia.
A mudança — descrita como "temporária" pelas autoridades — deve afetar o abastecimento de vacinas no mundo até o final de abril.
Cerca de 190 países sob o programa Covax poderão ser afetados. O esquema, que é liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), visa garantir que as vacinas sejam compartilhadas de forma justa entre todas as nações.
O maior fabricante de vacinas da Índia, o Serum Institute of India (SII), atrasou os embarques da vacina AstraZeneca para vários países nos últimos dias, incluindo Brasil.
A Índia exportou mais de 60 milhões de doses de vacinas para 76 países até agora, sendo a maioria deles a vacina Oxford-AstraZeneca.
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