Uma suposta vítima de abuso sexual enviou uma carta ao papa Francisco, em outubro de 2020, para relatar o crime cometido por membro do clero. De acordo com informações publicadas no UOL, a vítima, que hoje já é um adulto, com 27 anos, relatou que sofreu violência sexual durante vários anos, quando ainda era menor de idade. Ele afirma que o autor do crime é um atual padre da província de Ena, na região da Sicília, Itália, que na época era seminarista.
Os crimes teriam acontecido entre os anos de 2008 a 2013. O papa nunca teria respondido a carta.
O portal UOL detalha, ainda, que a vítima procurou o papa para que ele soubesse que, mesmo o bispo da diocese siciliana, Dom Rosario Gisana, tendo conhecimento da situação, preferiu apenas transferir o sacerdote acusado para Ferrara, no norte do país. A justificativa foi que ele iria terminar seus estudos teológicos para se formar padre.
A vítima também contou que comunicou a situação aos pais. A imprensa italiana detalhou que o suposto autor dos crimes é padre Don Giuseppe Rugolo.
Os pais da vítima afirmam que receberam a oferta de 5 mil euros (o equivalente a cerca de 169.000 reais) em troca de sigilo. A diocese nega a informação.
O Ministério Público de Ena está realizando interrogatórios e investigações sobre o caso. Os bispos de Ena e o de Ferrara também estão sendo denunciados por crime de omissão.
Pelo fato do padre ser seminarista na época do caso, há indícios de que o tribunal eclesiástico teria indeferido o caso por falta de competência técnica jurídica.
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