Nos últimos meses o Brasil tem sido alvo de polêmicas tanto por conta das medidas de enfrentamento ao combate ao coronavírus, quanto a assuntos, como por exemplo, relacionados ao meio ambiente que foram debatidos em reunião na Cúpula dos Líderes sobre o Clima.
O Parlamento Europeu voltou a criticar duramente o Brasil em um debate nesta quinta-feira (29). Além disso, deputados pediram que o presidente Jair Bolsonaro seja "investigado".
Anna Cavazzini, deputada alemã do Partido Verde, foi contundente. "São quase 400 mil mortos no Brasil. É uma tragédia provocada por decisões políticas deliberadas. Para nenhum governo foi fácil. Mas tentar é uma coisa, recusar é outra", disse.
"Desde o começo da crise, Bolsonaro se recusou a tomar decisões e rejeitou medidas cientificamente comprovadas. Ele reduziu a importância da pandemia, se opôs à vacinação e tentou ações em tribunais contra lockdown", alertou.
VEJA TAMBÉM!
Bolsonaro diz que Antártica fica no Brasil e vira piada
Bolsonaro autoriza corte de jornada e salário novamente
Ela também falou sobre como a fome triplicou e que a crise social já atinge 90 milhões de brasileiros. "Precisamos lançar um apelo ao Brasil: tome medidas com base na ciência", disse.
Miguel Urban Crespo, deputado espanhol, foi ainda mais duro. Ele afirmou que a situação é "dramática" no Brasil e é resultado da "gestão criminosa de Bolsonaro".
"No lugar de declarar guerra ao vírus, ele declarou guerra à ciência, à medicina e à vida. As mortes seriam evitadas. Sua necropolítica e sua política da morte constitui um crime contra a humanidade que deve ser investigado", disse.
"Hoje, Bolsonaro é um perigoso para o mundo todo e o povo brasileiro não merece", afirmou.
O mesmo discurso foi usado por Javi Lopez. Para ele, Bolsonaro é "um risco para a vida dos brasileiros e para toda a humanidade".
"Estamos diante de um país que pode ser incubadora de novas cepas", alertou.
A deputada Katalina Cseh, da Hungria, repetiu diante do Parlamento as frases de Bolsonaro, em que pediu para que a população deixe de chorar. "Nunca deveríamos chegar a esse ponto. Presidente optou por ser parte do problema", alertou.
Já a francesa Leila Chaibi foi clara: "a política criminosa de Jair Bolsonaro não é inocente. A tragédia aumenta".
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar