EUA compra o mesmo gás usado por nazistas para execuções

Os resultados do Holocausto são lembrados até hoje. Poucos sobreviventes compartilham os momentos de horror vividos na época. Mas parece que nem as marcas da história servem para governos esquecerem a tragédia.

Gases letais estão sendo armazenados no estado do Arizona, nos Estados Unidos, antes da retomada das execuções planejadas dos presos que estão no corredor da morte . Um dos gases é o Zyklon B, o mesmo usado pelos nazistas para matar quase um milhão de judeus em Auschwitz .

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Documentos obtidos pelo The Guardian, mostram que o Departamento de Correções do Arizona gastou mais de US $ 2.000 (cerca de R$10.500) em ingredientes para cianeto de hidrogênio , gás mortal utilizado durante o Holocausto .

Vale lembrar que o Museu Estadual de Auschwitz-Birkenau, mostra que 1,1 milhão de pessoas morreram no campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial , incluindo 960.000 judeus.

Em 2014 as execuções foram suspensas no Arizona, depois do fiasco da execução de Joseph Wood. Na ocasião, ele levou quase duas horas para morrer por causa de um erro com sua dose de injeção letal.

O alemão Walter LaGrand, foi a última pessoa a ser executada no Arizona com gás em 1999. Ele teve uma morte de 'asfixia e engasgo agonizante' que durou 18 minutos a partir do momento em que o gás entrou na câmara, de acordo com um relato de testemunha ocular publicado no Tucson Citizen.

O estado tem buscado incessantemente novos métodos para executar seus 115 presos no corredor da morte, no últimos anos, incluindo o uso de drogas experimentais.

É possível verificar a compra de ingredientes para criar o coquetel mortal de drogas em documentos recém-divulgados. O combinado séria necessário para realizar a execução por envenenamento por gás .

Segundo o The Guardian, junto com a compra de ingredientes do Zyklon B, também foi adquirido um tijolo sólido de cianeto de potássio em dezembro. Cerca de US $ 1,5 milhão teria sido gasto em um lote de pentobarbital , que seria usado para sedar presidiários durante a execução.