A busca por medicamentos que atuem no combate à Covid-19 segue de forma intensa em todo o mundo. Diversos cientistas têm se unido para encontrar soluções que auxiliem no tratamento de pacientes acometidos pela doença.
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, destacou, com a ajuda de um programa de computador, uma lista com 200 remédios que podem funcionar no tratamento da Covid-19. Desse total, 40 já estão passando por estudo clínico. O estudo foi divulgado na revista científica Science Advances, nesta quinta-feira (1º).
Um mapa das proteínas que estão envolvidas na infecção pelo coronavírus - tanto as que ajudam o vírus a entrar nas células até as geradas em consequência da doença - alimentou o modelo de computador usado no estudo. Em seguida, foi feito o cruzamento das informações com os dados de dois mil medicamentos que tiveram aprovação de seu uso e como os mesmos funcionam.
Posteriormente, os medicamentos passaram por uma classificação quanto ao possível papel na luta contra a infecção: definindo quais funcionariam contra a replicação viral, já outros teriam a função de estimular a resposta imunológica.
Alguns desses remédios foram testados em células derivadas de humanos e primatas em laboratórios e apresentaram resultado considerado bom.
“Nosso estudo obteve informações inesperadas sobre os mecanismos por trás da Covid-19, e nos mostrou algumas drogas promissoras que podem funcionar para tratar ou prevenir a infecção. Usamos uma abordagem baseada em dados, essencialmente permitindo que algoritmos de inteligência artificial interrogassem bancos de dados, e depois validamos nossas descobertas em laboratório, confirmando o poder dessa abordagem”, explica Namshik Han, um dos cientistas responsáveis pelo estudo.
Apesar da pesquisa, os medicamentos ainda devem passar por estudos clínicos para comprovar sua eficácia em humanos.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar