plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 24°
cotação atual R$


home
NADA SE ESCONDE

Canadenses queimam igrejas após descoberta de genocídio

Encontraram pelo menos 750 valas comuns com os restos de crianças indígenas que os internatos católicos do início do século XX tentavam ′′converter".

Imagem ilustrativa da notícia Canadenses queimam igrejas após descoberta de genocídio camera Uma das igrejas que os canadenses atearam fogo, revoltados contra o passado | Reprodução Facebook

Uma verdade muito incômoda para a Igreja Católica está vindo à tona e pode fazer com que a instituição tenha que falar publicamente sobre um assunto espinhoso: o genocídio indígena promovido por cristãos dessa religião, principalmente no período de colonização da América.

Calor mata repentinamente 233 pessoas no Canadá

Na última quarta-feira (30), uma comunidade indígena canadense anunciou a descoberta de 182 restos mortais próximo a uma antiga escola católica para crianças indígenas. Naquela região da América do Norte, assim como na América Central e do Sul, eram comuns escolas deste tipo, onde eram repassados aos indígenas uma visão demoníaca sobre a cultura nativa, em contraposição a religiosidade europeia.

Logo após a informação, muitas pessoas se reuniram para protestar, algumas inclusive ateando fogo em alguns templos. Os manifestantes exigem alguma retratação do Vaticano.

Em um comunicado divulgado na quarta-feira, a Lower Kootenay Band disse que os restos mortais provavelmente pertenciam a pessoas das bandas da Nação Ktunaxa – da qual é membro – e de outras comunidades indígenas vizinhas. A Escola Missionária de Santo Eugênio, onde a descoberta dos restos mortais foi anunciada na quarta-feira, foi operada entre 1890 e 1969 por ordens católicas.

Antes da notícia da semana passada, também foram encontrados em outros locais, sempre próximos as antigas escolas indígenas. Na semana passada, o choque foi agravado depois que uma Primeira Nação em Saskatchewan disse que a tecnologia havia encontrado 751 vestígios no local de uma antiga escola em suas terras.

Uma Comissão Nacional da Verdade, a semelhança do que aconteceu no Brasil com as investigações sobre o período da ditadura militar, foi implementada no parlamento canadense. Nessa comissão foi concluído que estas escolas cometiam abuso físico, mental e sexual com os alunos indígenas. Alguns destes locais funcionaram por mais de 100 anos, a partir do final do século XIX. Em todas era proibido as línguas e práticas indígenas.

A Igreja Católica nunca pediu desculpas pelos abusos, mesmo pressionada pelo governo canadense. Mas, a repercussão das recentes descobertas está mudando as atitudes do Vaticano. A delegação de líderes indígenas levará a questão da compensação nas reuniões do Vaticano, disse Perry Bellegarde, chefe nacional da Assembleia das Primeiras Nações, a maior organização indígena do Canadá, No entanto, seu foco será persuadir o papa a vir ao Canadá para se desculpar.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Mundo Notícias

Leia mais notícias de Mundo Notícias. Clique aqui!

Últimas Notícias