Em meio o agravamento da pandemia do novo coronavírus no mundo, o festival da carne de cachorro é celebrado em Yulin, na região autônoma de Quangxi, no sudeste da China. O evento fazem parte da comemoração do solstício de verão. Neste ano, cerca de 68 cachorros foram resgatados da morte  no dia 21 de junho. As festividades acontecem desde 2009 e se prolongam por dez dias.

Entidades internacionais de defesa dos direitos dos animais estimam que entre 10 mil e 15 mil cães sejam abatidos em cada edição do festival. Na semana passada, ativistas da Humane Society International (HSI) conseguiram interceptar um lote de animais que estava a caminho de Guangxi.

De acordo com a entidade, apesar de os organizadores do festival alegarem que os cachorros eram criados para o abate, os voluntários perceberam que os 68 cães aparentavam ter sido raptados. Os animais resgatados davam a pata e tentavam interagir com o grupo de resgate, demonstrando terem convivido com humanos, como animais de estimação.

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Ainda segundo o órgão, os 68 cachorros estavam muito ansiosos e estressados, provavelmente em função de terem sido roubados de seus tutores e também pelas más condições de transporte. A maioria estava doentes e alguns até com fraturas.

Em entrevista ao South China Morning Post, um membro da HSI afirmou que os ativistas se viram forçados a confiscar os animais por conta própria: as autoridades locais declararam que não tinham condições de auxiliar no resgate.

Ao contrário do que os ativistas esperavam, a polícia de Yulin não se envolveu em nenhuma etapa do resgate dos cachorros. O próprio grupo tive que interceptar o caminhão, apreender os animais e levá-los para um local seguro.

Cachorros resgatados no festival na China Foto: @hsiglobal/Facebook

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