A civilização Maia foi uma das mais importantes civilizações das Américas e as ruínas das suas cidades foram encontradas por exploradores europeus e norte-americanos em meados do século XIX. As marcas de sofisticação e conhecimento elevado sobre esse povo acabaram gerando muitas perguntas: como essas construções tão grandiosas poderiam ter sido esquecidas e recobertas pela floresta? A partir dai, inúmeras teorias surgiram para explicar quem teria sido o povo que ali vivia. Somente a partir de 1960 a civilização Maia começou a ser desvendada.
Na busca de respostas, um estudo recente usou antigas fezes humanas para entender melhor as causas do fim da civilização Maia. De acordo com os cientistas, as descobertas aponta as mudanças climáticas como a principal razão para o colapso do povo pré-colombiano.
O estudo foi feito com um método novo de analise, baseado em estanóis fecais. Segundo os cientistas, essas moléculas orgânicas, encontradas nas fezes, são capazes de resistir durante milhares de anos debaixo de lagos e rios. A pesquisa, publicada na revista Science Alert, identificou quatro distintos períodos nos quais a comunidade maia cresceu e diminuiu em épocas secas ou úmidas: entre 1350 e 950 a.C.; 400 e 210 a.C.; 90 e 280 d.C.; e 730 e 900 d.C.
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Os estanóis permitiram ainda que os pesquisadores encontrassem pistas sobre a mudança da população, já que trazem indicadores precisos de quantas pessoas viveram em um local em um determinado período. Com os estanóis obtidos de um lago próximo ao sítio arqueológico de Itzán, os cientistas realizaram comparações com os dados climatológicos, que incluem o nível de chuvas e pólen na atmosfera.
“É importante para a sociedade em geral saber que houve civilizações antes de nós que se viram afetadas e se adaptaram às mudanças climáticas”, afirma Peter Douglas, da Universidade McGill. “Ao vincular as evidências das mudanças climáticas à população, podemos começar a ver um vínculo claro entre as chuvas e a capacidade dessas cidades antigas de sustentar sua população”, concluiu.
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