A era da internet transformou o comportamento da civilização de forma irreversível. Atualmente, vivemos na chamada época da pós-verdade, onde cada um acredita no que quiser. A verdade deixou de ser absoluta para muitos, e se tornou relativa. As fake news e teorias da conspiração ganharam um terreno fértil com isso. Inclusive, causando tragédias como a desta quarta-feira (12).
Um extremista de direita e adepto da teoria da conspiração chamada QAnon (grupo que acredita que uma raça reptiliana quer escravizar os humanos), matou seus dois filhos, de dois anos e 10 meses, por acreditar que ambos tinham herdado DNA de cobra vindo da mãe.
Matthew Taylor Coleman é seguidor fanático do movimento QAnon. Ele saiu com as crianças e disse a esposa que iria acampar. O homem assassinou os dois filhos no México. Ele estava convencido de que as crianças pequenas tinham DNA de cobra.
O homem, de 40 anos, declarou que sabia que estava agindo errado. Porém, “era o único curso de ação que salvaria o mundo”, de acordo com informações do UOL.
Coleman levou os filhos, de dois anos e 10 meses, para o México e os matou antes de voltar aos Estados Unidos, onde foi detido, segundo comunicado do gabinete do procurador-geral da Califórnia.
A mãe das crianças foi quem alertou as autoridades, quando Coleman saiu com as crianças e disse que as levaria para acampar. Porém, não quis informar onde e não retornou as ligações ou mensagens.
No dia seguinte, a polícia o achou por meio de um aplicativo de celular, que indicava que sua última localização conhecida era Rosarito (México). Quando voltou para os Estados Unidos no dia seguinte, foi interceptado pelo FBI na fronteira.
Coleman admitiu ter atirado nos dois filhos e deixado seus corpos no México, onde foram encontrados pela polícia local.
“Monstros”
O criminoso alegou que “acreditava que seus filhos iam se transformar em monstros. Então, tinha que matá-los”. Ele disse, ainda, que foi “esclarecido pelas teorias da conspiração do QAnon e dos Illuminati” e que estava recebendo visões e sinais que revelavam que sua esposa possuía DNA de cobra e o havia transmitido aos filhos”.
Em declarações às autoridades federais, Coleman afirmou acreditar que estava “salvando o mundo dos monstros”.
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