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VIOLÊNCIA

Ataque no Afeganistão deixa mortos e centenas de feridos

Mesquita no norte do país teria sido alvo de homem-bomba.

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Imagem ilustrativa da notícia Ataque no Afeganistão deixa mortos e centenas de feridos camera O balanço de mortos foi feito por missão da ONU no país. | Reprodução/Twitter klixba

Conhecido por cometer ataque suicida, pessoas conhecidas como homem-bomba cometem operação bélica em que o objetivo é morrer.

Um ataque pode ter sido provocado por um homem-bomba no nordeste do Afeganistão, de acordo com o Talibã. Uma explosão em uma mesquita xiita na cidade de Kunduz, deixou ao menos 100 mortos e feridos, relatou a Missão da ONU no país.

A ação ocorreu por volta do meio-dia (hora local) em um dia que é considerado sagrado pelos muçulmanos. Os feridos estão sendo atendidos no Hospital Central de Kunduz e nas instalações da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Apesar de não ter sido reivindicado por nenhum grupo, a ação tem o formato dos ataques do grupo terrorista Estado Islâmico, formado por islâmicos sunitas, e que tem um braço muito ativo no território afegão, o EI de Khorasan (Isis-K ou EI-K).

Nas redes sociais, a ONU afirmou que o ataque de hoje é parte de um padrão "perturbador" de violência. "É o terceiro ataque mortal esta semana, aparentemente visando uma instituição religiosa. O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo incidente de domingo, próximo a uma mesquita de Cabul. Ainda não se sabe o autor do ataque de quarta-feira a uma madrassa em Khost".

Desde que os talibãs, que também são sunitas, retomaram o poder no Afeganistão, em 15 de agosto, o EI-K vem realizando ações pontuais para enfrentar os "rivais". Apesar de ambos estarem na mesma vertente islâmica, cada um se considera mais "importante" e detentor dos "saberes" do que o outro. Enquanto os talibãs tem uma visão mais nacional, de criar um "emirado islâmico" no Afeganistão apenas, os membros do EI querem fazer uma dominação ampla, expandindo seus "poderes" pelo mundo.

Além disso, o EI considera os muçulmanos xiitas como "hereges" que devem ser eliminados.

O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, informou que "forças especiais" foram enviadas ao local para investigar o caso.

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