Um pequeno grupo de ultra-ricos poderia ajudar a resolver o problema da fome no mundo com apenas uma fração de seu patrimônio, é o que garante o diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas (ONU).
Em entrevista polêmica à CNN americana David Beasley, citou especificamente os dois homens mais ricos do planeta, Jeff Bezos e Elon Musk.“US$ 6 bilhões para ajudar 42 milhões de pessoas que literalmente morrerão se não as alcançarmos. Não é complicado”, disse David.
O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk tem um patrimônio líquido de quase US $ 289 bilhões, de acordo com a Bloomberg, o que significa que Beasley está pedindo uma doação de apenas 2% de sua fortuna. O patrimônio líquido dos bilionários americanos quase dobrou desde o início da pandemia, causada pelo novo coronavírus, chegando a US $ 5,04 trilhões em outubro, segundo os grupos progressistas Institute for Policy Studies e Americans for Tax Fairness.
De acordo com um relatório do PMA divulgado na última segunda-feira (25), metade da população do Afeganistão – 22,8 milhões de pessoas – enfrenta uma crise aguda de fome. Com o crescimento do desemprego, o país está à beira de uma crise humanitária e 3,2 milhões de crianças menores de cinco anos estão em risco, concluiu o relatório.
“Por exemplo, tome os Estados Unidos e a região da América Central, o Corredor Seco, Guatemala, Honduras, El Salvador e Nicarágua – apenas nessa área”, disse Beasley na terça-feira. “Estamos alimentando muita gente lá e o clima está mudando com furacões e enchentes; é simplesmente devastador”.
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Na Etiópia, o PMA estima que 5,2 milhões de pessoas precisam urgentemente de assistência alimentar na região de Tigray, onde a primeira-ministra Abiy Ahmed liderou uma grande ofensiva contra a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF) desde o ano passado. Desde então , milhares de civis foram mortos, enquanto mais de 2 milhões foram deslocados.
Organizações humanitárias como o PMA têm lutado para levar suprimentos aos necessitados na região, agravando a crise. “Eu não sei de onde eles estão conseguindo a comida”, disse Beasley na ampla entrevista. “Estamos sem combustível. Estamos sem dinheiro, em termos de pagar nosso pessoal e estamos ficando sem dinheiro e não podemos colocar nossos caminhões.”
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