As abelhas “abutres”, que foram encontradas na Costa Rica, fazem parte de uma das três espécies de abelhas que se tornou carnívora, obtendo sua proteína apenas de carcaças.
Elas foram estudadas por cientistas das universidades California-Riverside, Columbia e Cornell, e o teor da pesquisa foi publicada no jornal acadêmico da American Society for Microbiology na última terça-feira (23).
De acordo com os pesquisadores, foi descoberto que os intestinos dessas abelhas e dos zangões foram colonizados pelos mesmos cinco microorganismos, e que eles têm mantido essas bactérias por 80 milhões de anos.
Para descobrir mais sobre os órgãos dos insetos, os especialistas fizeram 16 postos com 50 gramas de frango cru balançando em galhos a 1,5 metro de altura, usando cordas com vaselina para evitar formigas. Cerca de159 abelhas foram coletadas, contando com abelhas que se alimentam de pólen e carne e abelhas que se alimentam apenas de pólen e néctar.
Após extrair DNA dos abdomens das abelhas e estudar a flora intestinal delas, os cientistas viram que os insetos haviam deixado de ter parte dos seus principais microrganismos, que estão presentes em todas as abelhas, e que desenvolveram um intestino mais ácido.
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Quinn McFrederick, especialista em abelhas da UC Riverside e um dos autores do estudo, explicou que essas bactérias diferentes não estão presentes em outras abelhas, ressaltando a semelhança do intestino das abelhas com os de outros animais:
“Essas bactérias são semelhantes àquelas encontradas em abutres de verdade, assim como em hienas e outros animais que se alimentam de carcaça, presumivelmente para ajudá-los a se protegerem de patógenos encontrados na carniça”, disse.
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