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Rainha retira títulos de príncipe após escândalo sexual

Mãe de Andrew, a rainha Elizabeth retirou os patrocínios reais e os títulos militares do príncipe, acusado de abuso sexual

Imagem ilustrativa da notícia Rainha
retira títulos de príncipe após escândalo sexual camera Na semana que passou, um funcionário do governo se recusou a dizer se seu dispositivo de segurança ainda seria pago pelos contribuintes. Também não está claro se ele poderá participar da cerimônia na Abadia de Westminster planejada para a primavera em memória de seu pai, o príncipe Philip, que morreu em abril. | Mark Cuthbert/UK Press via Getty Images

Ameaçado por um processo de agressão sexual nos Estados Unidos, o príncipe Andrew tornou-se uma vergonha tão grande que a rainha Elizabeth II não teve escolha a não ser privá-lo de suas honrarias reais para proteger a monarquia britânica.

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A decisão, anunciada na quinta-feira pelo Palácio de Buckingham em um comunicado de sobriedade brutal, ocupou as primeiras páginas de todos os jornais britânicos nesta sexta-feira (14), que destacavam o desejo da rainha de "distanciar-se", mas também a humilhação que isso representa para o príncipe.

"É a sobrevivência da instituição real a todo custo", escreveu o Daily Mail. "Era o momento de tirá-lo ainda mais dos holofotes", explicou Bob Morris, historiador da monarquia, à AFP. Segundo ele, "provavelmente é o fim" para o duque de York, que não pode mais usar seu título de Alteza Real.

A situação se tornou insustentável depois que um juiz de Nova York se recusou na quarta-feira a arquivar uma ação civil que acusa Andrew, de 61 anos, de agredir sexualmente uma menor, Virginia Giuffre, nos anos 2000, um caso ligado a sua escandalosa amizade com o falecido financista e abusador condenado Jeffrey Epstein.

Também influenciou a pressão de cerca de 150 militares que escreveram à rainha para denunciar a falta de "probidade, honestidade e comportamento honroso" de seu terceiro filho - considerado seu favorito -, nono na ordem de sucessão ao trono britânico.

"Foi uma grande vergonha os militares aposentados exigirem a retirada dos títulos. Vira algo constrangedor e prejudicial para a rainha, porque senão parece que ela protege o filho", disse Penny Junor, autora de vários livros sobre os monarcas do Reino Unido.

"Era hora de partir para o plano B, para proteger a monarquia e as comemorações do jubileu" de platina, os 70 anos de reinado que Elizabeth II completará em junho, acrescentou Morris. As festividades em homenagem à monarca de 95 anos vão durar quatro dias, com desfile militar, um concerto em Londres, um concurso de sobremesas e grandes festas populares.

A soberana, que aparece cada vez mais raramente em público, teria tomado essa decisão depois de conversar com Charles, o herdeiro da coroa, e seu neto, o príncipe William, segundo na linha de sucessão, que esteve em Windsor na quarta-feira, noticiou a imprensa britânica.

"Imagino que Charles e William a tenham forçado de alguma forma", afirmou Junor à AFP. "Era prejudicial para a monarquia". A monarquia tem relativamente poucos críticos no Reino Unido, graças à popularidade de Elizabeth II, que tem se mantido inalterada apesar das múltiplas crises dos últimos anos.

Mas o futuro é muito mais incerto, já que seu herdeiro Charles continua sendo pouco querido pelos súditos britânicos. Andrew teria sido convocado na quinta-feira ao Castelo de Windsor, para onde foi de carro com seu advogado. Ele mora a cinco quilômetros de lá, no Royal Lodge, a antiga casa da rainha-mãe.

"Acho que foi a coisa certa a fazer", avaliou Deborah Jane Paul, uma contadora de Londres. "Envergonha sua majestade, não é justo (...) e acho que ela se comportou muito bem" com ele.

Qualquer que seja o resultado do julgamento civil em Nova York - onde segue existindo a opção de um acordo financeiro extrajudicial - ele será dirigido "pessoalmente ao príncipe Andrew, e não à monarquia", advertiu Morris. "Andrew é a ovelha negra da família, mas a família seguirá em frente".

O príncipe já estava afastado da vida pública desde uma desastrosa entrevista na televisão em 2019, quando negou todas as acusações contra ele, sem demonstrar a menor empatia pelas vítimas ou qualquer arrependimento por sua amizade com Epstein.

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