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CRIME AMBIENTAL

Peru: empresa espanhola omitiu vazamento de petróleo

Na primeira informação divulgada, a Repsol anunciou que apenas 0,16 barris de petróleo (cada barril tem cerca de 159 litros) tinha sido derramado, antes de corrigir esse valor para 10.396 barris

Imagem ilustrativa da notícia Peru: empresa espanhola omitiu vazamento de petróleo camera Repsol responsabiliza erupção de vulcão pelo incidente. | Reprodução

O vazamento de petróleo numa refinaria da empresa espanhola Repsol no Peru é o maior desastre ambiental da história do país, mas, mesmo assim, a empresa teria negligenciado o impacto do derrane.

É o que concluiu a investigação feita pela procuradoria do Peru. Ariel Tapia Gómez, procurador de Justiça, pediu ao Tribunal de Ventanilla que impeça a saída do país do diretor executivo da Repsol, Jaime Fernández-Cuesta de Luca de Tena, e de outros membros da direção da refinaria de La Pampilla, diretamente responsáveis pela administração, controle e supervisão do Terminal Multiboyas N.º2, onde aconteceu o vazamento, ocorrido no momento em que um cargueiro abastecia.

Além disso, a procuradoria pediu a retenção do petroleiro Mare Doricum até que esteja concluída a investigação. O pedido foi acatado e o navio apreendido.

Cerca de 18 mil metros quadrados de praia foram afetados pelo crude libertado, um acidente que, segundo diz a Repsol, foi causado por “um fenómeno marítimo imprevisível”, originado pelo tsunami provocado pela erupção de um vulcão na ilha de Tonga.

Tapia inspecionou na quinta-feira durante seis horas o petroleiro italiano para recolher a versão do incidente de 15 de janeiro da boca do capitão do Mare Doricum, Giacomo Pisani, e da sua tripulação.

“Neste caso, a Procuradoria tem uma hipótese forte. E tem relação com o aspecto da mitigação [do derrame de crude]. Quero dizer, sobre a imediata atenção da emergência. Segundo a procuradoria, houve demoras” na atuação da Repsol para conter o fluxo do petróleo, afirmou Tapia Gómez, citado pelo diário peruano La República.

Segundo a informação preliminar recolhida por Tapia, a empresa espanhola demorou a acionar os mecanismos para conter o avanço do crude e, com isso, a contaminação.

“Um dos elementos de convicção mais importantes que temos é o que indica que o derrame foi notado às 17h18”, no entanto, refere o procurador, “aqueles que ficaram encarregados de verificar iniciaram as suas tarefas de mitigação às 20h” desse mesmo dia. Isto é, a Repsol tardou mais de duas horas para acionar o protocolo de resposta a este tipo de acidentes.

Na primeira informação divulgada, a Repsol anunciou que apenas 0,16 barris de petróleo (cada barril tem cerca de 159 litros) tinha sido derramado, tendo mais tarde reconhecido que seriam 6 mil barris, antes de corrigir esse valor para 10.396 barris, quando as autoridades calcularam que teriam sido vertidos para o mar 11.900 barris (quase 1,9 milhões de litros.

“O petróleo continuou a derramar até ao dia seguinte. Isto porque não houve capacidade de conter a fuga de petróleo no oleoduto ou na mangueira. E, a seguir, a própria contenção na superfície do mar foi ainda pior. Como se tratava de um transvase submarino, este teria superado as barreiras de contenção”, relatou o procurador.

O capitão do navio confirmou a Tapia que foi enganado por responsáveis da Repsol, já que não o informaram do tamanho e origem da fuga e que, inclusivamente, negaram-se a receber as suas notas de protesto por falta de diligência e de transparência dos responsáveis da refinaria de La Pampilla.

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