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CONFLITO

Presidente da Ucrânia diz que lutará 'tempo que for preciso'

O presidente ucraniano apelou para "todos os amigos da Ucrânia" ajudarem a combater invasão russa. Kiev sofre intenso bombardeio

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Imagem ilustrativa da notícia Presidente da Ucrânia diz que lutará 'tempo que for preciso' camera Reprodução Presidência da Ucrânia

A Ucrânia vive o terceiro e o mais crítico dia de ataques e, apesar do recrudescimento dos bombardeios, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu que as tropas sob seu comando não irão recuar. Neste sábado (26), o presidente ucraniano emitiu um novo pronunciamento e apelou para “todos os amigos da Ucrânia” ajudarem a combater invasão russa.

Ele afirmou que não baixarão a guarda. “Lutaremos o tempo que for preciso para libertar a Ucrânia”, disse. Kiev, capital ucraniana e coração do poder, passou a ter como alvo russo áreas urbanas e com grande presença de civis. Três milhões de habitantes vivem na cidade.

O posicionamento de Zelensky foi feito pouco depois de o presidente russo, Vladimir Putin, determinar que as tropas militares façam “ofensivas em todas as direções”. Além disso, o governo aumentou em 50% a presença de soldados ao redor da Ucrânia. A ordem é intensificar a invasão.

O Kremlin disse que Putin ordenou que as tropas não fossem adiante na sexta-feira (25), mas que voltaram a avançar neste sábado, depois de supostas negativas para uma negociação. O governo ucraniano nega.

O encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoly Tkach, apresentou um balanço sobre os ataques. Agora, segundo ele, 100 mil soldados estão no país.

O presidente ucraniano comemorou as propostas da Turquia e do Azerbaijão para manter negociações de paz com a Rússia. Zelensky contou que teve conversas com o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, e conversas com líderes religiosos, incluindo o Papa Francisco.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê o possível ingresso como uma ameaça à sua segurança.

“Exército de TI”

O ministro de Transformação Digital ucraniano, Mykhailo Fedorov, convocou um “exército de TI” para ajudar a Ucrânia no universo digital. “Estamos criando um exército de TI. Nós precisamos de talentos digitais”, frisou em publicação no Twitter.

As primeiras missões já foram postadas no canal para os especialistas em tecnologia. “Nós continuamos lutando no front cibernético”, salientou o ministro.

Os conflitos

Em três dias, ao menos 198 pessoas morreram nos confrontos, segundo o governo ucraniano. Outras 1.115 ficaram feridas. Russos sitiaram a cidade e tentam tomar o poder.

República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos, Holanda, Alemanha e Bélgica anunciaram o envio de ajuda estrutural de armas e dinheiro, apesar de não ordenarem apoio militar para os confrontos.

Madrugada de horror

Os confrontos em Kiev atingiram o mais alto nível de tensão na madrugada deste sábado. Rússia e Ucrânia disputam o controle da capital, coração do poder.

Mísseis foram disparados até mesmo em áreas urbanas, o que antes estava restrito a bases militares ucranianas. As sirenes de alerta voltaram a tocar.

Antes o que ficava em discursos político-diplomáticos e bombardeios em campos de batalhas, passou a afetar hospitais, orfanatos, prédios residenciais, além de escolas e creches.

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