A linha entre o pessoal e o público às vezes é tênue, mas certamente no trabalho existem regulamentos que limitam razoavelmente certas atividades, incluindo ver pornografia. Um parlamentar britânico está sentindo na própria pele as consequência de ter sido flagrado assistindo a vídeos pornô durante o expediente na Câmara dos Comuns.
O deputado conservador Neil Parish anunciou sua renúncia neste sábado (30), admitindo que de fato assistiu a vídeos de pornografia em seu celular no Parlamento, após ter inicialmente negado a acusação feita por colegas do próprio partido.
O parlamentar, que faz parte da base de apoio do primeiro-ministro Boris Johnson, disse estar arrependido por ter se colocado no centro de um escândalo e que tudo teria acontecido em um "momento de loucura" do qual não se orgulha nem um pouco.
"Eu estava sentado esperando para votar no Plenário. O que fiz foi absolutamente errado", declarou o ex-agricultor de 65 anos, em entrevista à BBC, alegando ter acessado o site pornográfico por engano na primeira vez e intencionalmente em uma segunda oportunidade..
Fogo amigo
As acusações contra Parish partiram de duas deputadas do Partido Conservador, a mesma legenda pela qual ele tem sido eleito para o cargo desde 2010. As duas parlamentares disseram ter flagrado o colega assistindo a vídeos pornográficos em pelo menos duas ocasiões. A primeira em uma comissão e a segunda no plenário da Câmara dos Comuns.
Após a denúncia feita na última quarta-feira (27), o deputado foi suspenso pelo comando de seu partido e uma investigação interna foi aberta.
Na sexta-feira (29), Parish negou qualquer intenção de renunciar ao cargo, dizendo que esperaria pelo fim do inquérito. No entanto, a pressão sobre ele só aumentou ao longo do sábado, inclusive em distrito eleitoral, de Tiverton e Honiton, o forçando a anunciar a renúncia.
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