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MASSACRE EM ESCOLA

"Deveria ter me matado", diz pai de atirador no Texas

O pai do criminoso ainda pediu para que o filho não seja retratado como "um monstro"

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Imagem ilustrativa da notícia "Deveria ter me matado", diz pai de atirador no Texas camera Salvador Roma, de 18 anos, matou 21 pessoas durante massacre na escola | Reprodução/ Arquivo pessoal

Ao menos 19 crianças e dois adultos morreram no massacre a uma escola de ensino fundamental de Uvalde, na cidade do Texas, nos Estados Unidos na última terça-feira (24). O ataque já é considerado o mais mortal do país desde o tiroteio na escola Sandy Hook, em 2012, quando 20 crianças e seis adultos foram mortos a tiros.

O assassino, um jovem identificado como Salvador Roma, de 18 anos, ele morreu no local após trocar tiros com a policia. As motivações do crime até o momento são desconhecidas. Informações divulgadas pela imprensa americana dão conta de que o assassino teria atirado contra a sua própria avó antes de se dirigir para a instituição de ensino.

O pai do criminoso falou pela primeira vez sobre o ocorrido, muito abalado, disse que sente muito por aquilo que seu filho fez as pessoas inocentes. A declaração foi durante entrevista ao site The Daily Beast nesta quinta-feira (26), dois dias após o massacre.

"Eu só quero que as pessoas saibam que eu sinto muito pelo que meu filho fez", declarou o pai do atirador, que também se chama Salvador Ramos e tem 42 anos.

"Nunca esperei que meu filho fizesse algo assim. Ele deveria apenas ter me matado, sabe, em vez de fazer algo assim com alguém", acrescentou.

No dia do massacre, ele contou que estava trabalhando e só ficou sabendo do caso quando sua mãe telefonou para contar.

"Nunca mais vou ver meu filho, assim como eles [os pais das vítimas] não vão ver mais os seus, e isso me machuca", declarou, acrescentando que Ramos era uma "boa pessoa" e que não sabe o que levou o jovem a cometer o ato cruel.

Além disso, revelou que não falava com o filho havia cerca de um mês. "Minha mãe me disse que ele provavelmente teria atirado em mim também, já que dizia que eu não o amava", afirmou o pai.

O pai ainda concluiu que não quer ver seu filho retratado como "um monstro". "Eles não sabem nada, cara. Eles não sabem nada do que ele estava passando", disse.

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