Recentemente, diversos países têm registrado casos de "varíola de macaco", doença viral rara causada pelo Monkeypox virus, conhecido por causar a varíola símia. É um vírus que infecta roedores na África, e macacos são provavelmente hospedeiros acidentais, assim como o homem. Os sintomas iniciais são semelhantes aos da gripe e com inchaço dos gânglios linfáticos. Em seguida, o problema progride para uma erupção disseminada no rosto e no corpo.

A disseminação da varíola dos macacos em diferentes países pode se tornar um problema de saúde pública mundial por uma série de fatores, que envolvem maior gravidade da doença em certos públicos, pela necessidade de isolamento dos doentes, com isso muitos países resolveram investir na fabricação de uma vacina contra a doença.

O Ministério da Saúde espanhol anunciou nesta quinta-feira (9) que deu sinal verde à vacina contra a varíola do macaco, que será aplicada a pessoas que tiveram contato com casos positivos e são de "alto risco".

"No momento, levando em conta a disponibilidade limitada de doses, a vacinação é priorizada" para pessoas que tiveram exposição à doença "com alto risco de gravidade", disse o ministério em comunicado. "A vacinação pré-exposição não é recomendada neste momento, embora possa ser recomendada posteriormente, dependendo da evolução do surto e da disponibilidade de vacinas", acrescentou.

O governo espanhol anunciou também a aquisição de vacinas Imvanex e antivirais Tecovirimat por meio da Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências de Saúde (HERA).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não existem tratamentos ou vacinas específicas para a varíola do macaco, mas os surtos da doença podem ser controlados com a vacinação contra a varíola comum.

Na Espanha, até o momento foram confirmados 242 casos positivos de varíola do macaco. A doença, que foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, agora é considerada endêmica em uma dúzia de países africanos. No entanto, seu surgimento em países não endêmicos está preocupa os especialistas.

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