O Papa Francisco enviou uma carta de encorajamento a um padre jesuíta bastante popular por defender abertamente a população LGBTQ+ e alegou que Jesus é “próximo de todos”. A correspondência chegou a público por meio do sacerdote James Martin, interlocutor frequente de Jorge Bergoglio – o primeiro pontífice jesuíta na história da Igreja Católica.
Segundo o padre, a carta do Papa foi uma resposta a um folheto do evento ‘Outreach’, cujo objetivo é promover o acolhimento de pessoas LGBT pela igreja. “A pandemia nos fez buscar alternativas para encurtar as distâncias. Também nos ensinou que existem coisas insubstituíveis, como o poder de olhar-nos cara a cara, mesmo com aqueles que pensem de forma diferente ou com quem as diferenças pareceriam nos separar ou nos colocar em confronto”, redigiu o Papa Francisco.
“Quando superamos essas barreiras, nos damos conta de que o que nos une é maior que o que nos afasta. Encorajo-nos a seguir trabalhando na cultura do encontro, que encurta as distâncias e nos enriquece com as diferenças, tal como fez Jesus, que se fez próximo de todos”, escreveu também. Em maio de 2018, o Papa disse “Deus te ama assim” a um jovem gay que foi vítima de pedofilia no Chile, e também já declarou que não pode “julgar” ninguém pela orientação sexual.
Ao mesmo tempo, Bergoglio disse que “homossexualidade parece estar na moda” quando o Vaticano parecia fazer pressão para que o Parlamento da Itália arquivasse um projeto de lei que criminalizava a homofobia e a transfobia na país.
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