Todos os anos, ao menos dez mulheres são executadas por enforcamento no Irã, país islâmico dominado pela lei da Sharia. Em 2021, ao menos 15 mulheres foram executadas, somando um total de 170 desde 2010, de acordo com a ONG Iran Human Rights (IHR).
Os ativistas de direitos humanos dizem que as execuções de mulheres no Irã, principalmente por matar maridos ou parceiros, revelam a cegueira do sistema judicial e o peso do patriarcado.
Nesta terça-feira (6), o jornal britânico The Mirror denunciou que uma mulher condenada à morte sofreu uma parada cardíaca e morreu ao presenciar 16 homens sendo executados antes dela. Segundo a reportagem, o caso ocorreu em 2021, mas a história ficou encoberta pelas autoridades do Irã por mais de um ano e somente agora veio à tona.
Ainda conforme o jornal, mesmo morta, a iraniana Zahra Esmaili teve sua sentença concluída e seu cadáver foi levado ao enforcamento pelos guardas.
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Zahra foi acusada de assassinar seu marido, um funcionário do Ministério da Inteligência. O crime teria ocorrido em julho de 2017, após ela se revoltar com a situação que era submetida pelo esposo.
O advogado da iraniana, Omid Moradi, confirmou que ela teria ficado muito nervosa ao presenciar a morte de algumas pessoas e acabou passando mal e morreu vítima de um ataque cardíaco fulminante momentos antes de ser levada à forca.
Os filhos de Zahra, que alegaram estar dormindo no momento da morte do pai, foram presos com a mãe sob acusação de conspiração. A jovem foi condenada a 5 anos de prisão e o rapaz, inocentado.
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