Ao menos 25 pessoas foram mortas no que Kiev chamou de um "ataque cínico" de Moscou com mísseis a um comboio de carros no limite da cidade de Zaporíjia, na região sul, nesta sexta (30). A Rússia nega ter civis como alvo, e culpou as forças ucranianas pela investida.
Os carros se agrupavam perto de um mercado de partes automobilísticas, preparando-se para ir do território controlado pela Ucrânia para a área conquistada pela Rússia para visitar parentes e entregar suprimentos.
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O impacto dos mísseis fez com que as janelas dos veículos se espatifassem e suas partes laterais fossem pulverizadas. Segundo relatos de testemunhas, após o ataque havia corpos dentro dos carros e estirados no chão, alguns deles mutilados.
A ofensiva aconteceu horas antes de o presidente russo Vladimir Putin anunciar a anexação de partes da região Zaporíjia e de outras três províncias ucranianas ocupadas ao território de seu país.
Os números de feridos variam - enquanto o gabinete do presidente ucraniano Volodimir Zelenski afirmou que estes foram 50, a prefeitura de Melitopol conta 62.
Zelenski se pronunciou sobre o episódio em uma mensagem no Telegram. "Apenas terroristas completos poderiam fazer isso e não deveriam ter espaço no mundo civilizado", escreveu ele, antes de chamar a Rússia de "Estado terrorista" e "escória sanguinária". "Vocês definitivamente responderão por cada vida ucraniana perdida", afirmou.
Líder de uma unidade de descarte de explosivos da polícia de Zaporíjia, o coronel Serguei Ujriumov afirmou que o mercado automobilístico foi atingido por três mísseis S300. Ele disse ainda que o Exército russo sabia que os comboios se formavam naquele local e planejou deliberadamente o ataque, o que Moscou nega. "Eles tinham as coordenadas", disse.
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