Um eleitor driblou a fiscalização e votou duas vezes nas eleições deste domingo (2) em Lisboa. O episódio levou à impugnação de uma urna eletrônica e à invalidação de 59 votos que haviam sido computados antes do episódio.
A atitude é considerada crime eleitoral no Brasil, mas, por ter acontecido no exterior, ele não foi preso pela polícia portuguesa. A adida da Polícia Federal fez um boletim de ocorrência e o homem deve ser processado no Brasil.
O caso aconteceu na sala 3 da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que reúne duas seções eleitorais. Por conta de um problema técnico, a votação de uma das seções estava acontecendo com cédulas de papel.
Após entrar na fila e votar com uma cédula física, o homem correu para a urna eletrônica da seção vizinha e votou uma segunda vez. O aparelho havia acabado de ser liberado para que um outro eleitor votasse.
A fraude foi imediatamente identificada e a eleição na sala acabou paralisada. Após decisão do Cartório Eleitoral, a urna eletrônica com a votação indevida foi impugnada e todos os votos nela contidos acabaram invalidados.
Após cerca de uma hora, a votação recomeçou, agora com cédulas de papel. Eleitores que tiveram os votos invalidados têm o direito de votar novamente.
Brasileiros presentes durante a confusão afirmam que o homem se identificou como eleitor do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com 45.273 pessoas aptas a votar, Lisboa, cidade com maior número de eleitores fora do Brasil, registra longas filas desde a abertura das urnas.
O local de votação também registra aglomerações e tumulto entre apoiadores de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Há 45.273 brasileiros aptos a votar em Lisboa, um aumento de mais de 113% em relação a 2018.
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