Cientistas conseguiram germinar sementes de 2.000 anos de uma antiga palmeira do tempo de Jesus Cristo. Agora, os sabores do passado estão prestes a retornar graças a uma parceria de 15 anos entre duas cientistas que ousaram transformar a planta extinta em realidade. O estudo completo foi publicado na revista Scientific Advances.
As sementes foram encontradas na década de 1960, durante uma escavação arqueológica na antiga fortaleza de Massada. Logo depois, outro esconderijo de sementes foi descoberto em Qumran, onde os Manuscritos do Mar Morto estavam localizados.
As sementes foram armazenadas por mais de 40 anos, até que a Dra. Sarah Sallon se interessou em estuda-las mais profundamente. Sallon estava determinada a germinar as sementes. Especialistas, no entanto, não achavam que a germinação das plantas antigas seria bem sucedida.
Em entrevista, Sarah Sallon contou que foi chamada de "louca" quando solicitou amostra para a tentativa de reavivamento do vegetal. Depois de "muita confusão", ela recebeu a amostra, em 2004.
Com as sementes, Sallon procurou Elaine Solowey, especialista em agricultura renovável do Instituto Arava de Estudos Ambientais no Kibutz Ketura. As duas se uniram para o projeto e têm trabalhado juntas desde então.
Ao New York Times, ela relatou que Solowey alcançou os resultados desejados por meio de "truques de horticultura", como aquecimento, hidratação cuidadosa e tratamentos com hormônios vegetais e fertilizantes enzimáticos.
Algumas semanas depois, o broto começou aparecer, para espanto de Solowey. As sementes de Masada cresceram em uma planta que Sallon chamou de “Matusalém”, em homenagem ao homem bíblico que era conhecido por sua idade avançada.
Infelizmente, a planta era um macho, mas Sallon e Salowey provaram que podiam reviver sementes milenares. A dupla procurou e recebeu mais 30 sementes, desta vez do lote de Qumran. Desta amostra, outras seis sementes brotaram e três destas eram fêmeas.
As plantas de Qumran ainda são novas, mas já produziram duas colheitas bem-sucedidas. A colheita do ano passado produziu cerca de 100 tâmaras, mas este ano foram mais de 800.
As tâmaras foram provadas pela própria equipe de cientista. Elas são descritas como tendo um sabor de noz, com uma doçura semelhante a mel. Após a colheita, cerca de 100 amostras foram enviadas para o local de pesquisa do Ministério da Agricultura.
Eles estão considerando comercializar a fruta como "as tâmaras que Jesus comeu", o que levantará dinheiro para futuros projetos de pesquisa. A produção em massa de tâmaras antigas, no entanto, ainda está a anos devido ao tempo que levará para crescer as tamareiras até a maturidade.
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