Arqueólogos da Universidade de Salento, na Itália, descobriram em Hierápolis, no antigo território de Frígia, na atual Turquia, um centro ritualístico romano milenar, de pelo menos 2.200 anos como o “portão do inferno”.
De acordo com os pesquisadores, o local era usado como uma arena para sacríficos. Os animais que lá entravam morriam ao respirar um vapor misterioso saído de uma caverna. Enquanto isso, os sacerdotes que os guiavam saíam ilesos.
Após uma pesquisa minuciosa, cientistas descobriram a verdade a respeito do enigmático "portão do inferno". Durante o estudo, foi possível verificar que no interior da caverna há uma grande atividade sísmica, que libera dióxido de carbono capaz de produzir uma espécie de lago de gás.
"Surpreendentemente, esses vapores ainda são emitidos em concentrações que hoje matam insetos, pássaros e mamíferos", disseram os pesquisadores.
Ainda segundo os especialistas, o local era usado para sacrifícios de touros que atravessavam o Plutônio, ou Portão de Plutão (deus clássico do submundo para os romanos). Enquanto os sacerdotes conduziam os animais para a arena, o público podia sentar-se em arquibancadas e observar a fumaça que saia do portão, levando os animais à morte.
Os arqueólogos acreditam que os sacerdotes conheciam as peculiaridades da caverna e, por isso, mantinham distância dos vapores venenosos.
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“Enquanto o touro (ou o animal que estivesse prestes a ser sacrificado) ficava parado dentro do lago de gás com sua boca e fossas nasais a uma altura entre 60 e 90 cm, os grandes sacerdotes sempre se colocavam do lado de fora, tentando fazer com que seu nariz e sua boca estivessem bem acima do nível tóxico”, explicam os pesquisadores.
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