Uma história que desafia até o melhor roteirista de cinema. Envolve coragem, desespero, resistência e, sobretudo, esperança de tentar (re)começar a vida em outro país. A fuga de migrantes não deixa de ser um problema global e a cada período situações envolvendo pessoas em fuga de um país para outro vira pauta mundial.
Esta semana - mais precisamente na última terça-feira (29) - uma foto divulgada pela agência Salvamento Marítimo da Espanha causou um grande impacto. A imagem mostra três homens que sobreviveram a uma viagem de onze dias da Nigéria para a Espanha em um navio petroleiro.
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O detalhe é que eles viajaram escondidos numa parte onde ninguém jamais poderia imaginar: no leme do navio, vulneráveis ao tempo e o agito do mar. Para dormir se revezavam no pouco espaço que tinham e acabaram tendo de tomar água do mar, que é salgada.
Segundo as autoridades espanholas, esta não seria a primeira vez em que migrantes são encontramos no leme de um navio. Em novembro de 2020, isto aconteceu envolvendo também três homens.
O trio foi resgatado assim que chegaram ao porto de Las Palmas, na ilha de Gran Canária (Espanha). Os três imigrantes saíram da Nigéria e já pediram asilo no país onde foram resgatados. "Eles deixaram a Nigéria há mais de uma semana, o tempo que passaram no leme do navio, muito perto da água. A odisseia da sobrevivência supera de longe a ficção. Não é a primeira e não será a última. Os clandestinos nem sempre têm a mesma sorte", escreveu no Twitter o jornalista espanhol Txema Santana, especializado em questões migratórias.
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Um deles, um menino de 14 anos, contou ao jornal El País como sobreviveu à viagem bebendo água salgada e como revezou para dormir em um buraco acima do leme com os outros homens com quem viajava. "Estávamos muito fracos. Nunca imaginei que pudesse ser tão difícil", disse ele.
O número de migrantes que cruzam de barco da África Ocidental para as Ilhas Canárias aumentou significativamente nos últimos anos. As viagens são longas, perigosas e mortais. Em 2021, a Organização Internacional para as Migrações (OIM), da ONU, registrou 1.532 mortes na rota.
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