Os Estados Unidos anunciou nesta sexta- feira (02) a inclusão de China, Irã e Rússia à lista de países de "particular preocupação" por recentes violações à Lei Internacional de Liberdade Religiosa, editada em 1998 pelo governo americano.
De acordo com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a designação é atribuída a governos que "cometeram violações graves da liberdade religiosa" de sua população. A lista também é composta por Birmânia, Cuba, Eritreia, Nicarágua, Coreia do Norte, Paquistão, Arábia Saudita, Tajiquistão e Turcomenistão.
"Em todo o mundo, governos e atores não-estatais perseguem, ameaçam, prendem e até matam indivíduos por causa de suas crenças. Em alguns casos, eles sufocam a liberdade de religião ou crença dos indivíduos para explorar oportunidades de ganhos políticos. Essas ações semeiam divisão, minam a segurança econômica e ameaçam a estabilidade política e a paz", argumentou Blinken, em comunicado oficial dos EUA.
O governo também atualizou a "lista especial de vigilância" dos países que onde é tolerado esse tipo de agressão. Com isso, passam a integrar esse grupo: Argélia, República Centro-Africana, Comores e Vietnã.
"Os Estados Unidos não ficarão parados diante desses abusos", enfatizou Antony Blinken.
O secretário justificou que a medida compactua com "valores e interesses" dos Estados Unidos em "proteger a segurança nacional e promover os direitos humanos em todo o mundo", e que governos comprometidos em garantir essas liberdades são considerados "parceiros mais pacíficos, estáveis, prósperos e confiáveis" pela Casa Branca.
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O Departamento alertou ainda para a atuação de organizações paramilitares à liberdade religiosa e à opressão étnicos. Blinken acrescentou à lista de "entidades de particular preocupação" o Grupo Wagner, que é liderado pelo aliado do presidente russo Vladimir Putin, Yevgeny Prigozhin, e possui inúmeras acusações por violações aos direitos humanos na República Centro-Africana, Líbia e Mali.
Constam nessa lista: o Talibã, do Afeganistão; o Boko Haram, da Nigéria; o al-Shabab, da Somália; os Houthis, do Iêmen; o Jama'at Nusrat al-Islam wal-Muslimin, da região do Sahel; e duas facções do grupo Estado Islâmico, ISIS-Grande Saara e ISIS-África Ocidental.
Washington se comprometeu, em comunicar os governos, citados sobre suas preocupações em relação às limitações a esses direitos "delinear passos concretos" para a solução desse problema.
"Continuaremos a monitorar, cuidadosamente, o status de liberdade de religião ou crença em todos os países do mundo, e defender aqueles que enfrentam perseguição ou discriminação religiosa", concluiu Antony Blinken.
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