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ARQUEOLOGIA

Jogo de tabuleiro de 4 mil anos é achado no Oriente Médio

Arqueólogos acreditam que trata-se de uma espécie de antepassado do gamão.

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Imagem ilustrativa da notícia Jogo de tabuleiro de 4 mil anos é achado no Oriente Médio camera Um dos cinco tabuleiros do Jogo Real de Ur encontrados pelo arqueólogo Leonard Woolley em uma necrópole entre 1922 e 1934. | J.SLIWA/UNIVERSIDADE DE VARSÓVIA E MUSEU BRITÂNICO

Durante escavações nos desertos de Omã, no Oriente Médio, arqueólogos fizeram uma descoberta rara e surpreendente. Os pesquisadores se depararam com um jogo de tabuleiro milenar feito totalmente de pedra. Estima-se que o artefato tenha cerca de quatro mil anos.

O jogo foi encontrado nas ruínas de uma sala na localidade de Ayn Bani Sa'dah, no vale de Qumayrah. De acordo com os cientistas, o tabuleiro apresenta marcas de pelo menos treze quadrados, cada um com um recuo central. Com base em outros jogos similares já encontrados em sítios arqueológicos do Oriente Médio, acredita-se que ele seja uma espécie de antepassado do gamão.

"O exemplo mais famoso de um tabuleiro de jogo baseado em um princípio semelhante foi encontrado nas sepulturas de Ur (na Babilônia)", afirmou Piotr Bieliński, arqueólogo da Universidade de Varsóvia, na Polônia.

Um dos cinco tabuleiros do Jogo Real de Ur encontrados pelo arqueólogo Leonard Woolley em uma necrópole entre 1922 e 1934
📷 Um dos cinco tabuleiros do Jogo Real de Ur encontrados pelo arqueólogo Leonard Woolley em uma necrópole entre 1922 e 1934 |J.SLIWA/UNIVERSIDADE DE VARSÓVIA E MUSEU BRITÂNICO

Originário da Mesopotâmia, o Jogo Real de Ur era feito para dois jogadores. Eles jogavam dados para mover as peças ao redor do tabuleiro antes que seu oponente o fizesse. Como nas regras do gamão, os jogadores podiam impedir o progresso do adversário capturando suas peças e devolvendo-as ao início.

Veja também:

Além do jogo de tabuleiro, os arqueólogos também encontraram as ruínas de uma torre dentro de um assentamento da Idade do Bronze, bem como evidências de fundição de cobre. “Isso mostra que nosso assentamento participava do lucrativo comércio de cobre pelo qual Omã era famoso na época", afirmou Bieliński.

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