
O corpo da jornalista Glória Maria, morta na última quinta-feira (2), em decorrência de um câncer, está sendo velado no Cemitério da Penitência, no Caju, na zona portuária do Rio.
O movimento de carros transportando amigos e parentes é constante no local. A segurança foi reforçada com uma viatura da Polícia Militar. Além disso, seguranças do próprio cemitério impedem a entrada de pessoas não autorizadas. O velório é restrito a parente e amigos.
LEIA TAMBÉM:
Fotógrafo divulga foto inédita de Glória Maria. Vem ver!
Velório de Glória Maria será restrito para família e amigos
O governo do Rio de Janeiro, estado onde Glória nasceu, decretou luto oficial pela morte da jornalista.
"Glória Maria era um nome forte do jornalismo brasileiro. Uma profissional que foi sinônimo de competência, talento e dedicação em tudo o que fez. Mas também não podemos deixar de exaltar a mulher Glória", escreveu nas redes sociais o governador Cláudio Castro (PL).
Vestidas de branco, Laura e Maria, as filhas da jornalista, estavam acompanhadas no velório pelo padrinho, o jornalista Bruno Astuto. A atriz Marina Ruy Barbosa também está no velório, bem como a socialite Narcisa Tamborindeguy e Roberto Marinho Neto, herdeiro da Globo.
"Ela foi uma excelente repórter que deixa um grande legado para o Brasil. Foi uma grande profissional que abriu muitas portas. Vai deixar muita saudade ", disse Carlos Henrique do Nascimento, 54, enquanto segurava um cartaz em homenagem a jornalista em frente ao cemitério.
Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, Glória se notabilizou por ter sido pioneira em diversos momentos. Foi a primeira repórter a aparecer ao vivo e a cores na TV brasileira, ainda na década de 1970, e a primeira a participar de uma transmissão em HD, em 2007.
Foi ainda a primeira a usar a Lei Afonso Arinos, contra a discriminação racial. Ela precisou acionar a Justiça porque foi barrada em um hotel por ser negra.
A luta contra o racismo se tornou parte de sua biografia. Repórter negra em uma época de pouca diversidade na televisão, ela chegou a sofrer racismo até do presidente da República, quando o general Figueiredo disse que não queria perto dele a "neguinha da Globo".
Apesar de tudo isso, Glória sempre se manteve firme em seu propósito de levar informação aos brasileiros. Ela é considerada uma das responsáveis por revolucionar o jornalismo ao se colocar como personagem de suas reportagens. Isso em um período em que repórteres buscavam não se envolver com as histórias que contavam.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar