A fronteira da Turquia e da Síria registrou um tremor de magnitude 6,3 nesta segunda-feira (20), apenas duas semanas após um forte terremoto deixar mais de 47 mil pessoas mortas nos dois países.
A região, localizada na placa tectônica da Anatólia, é uma das que apresenta maior atividade sísmica no mundo, e registrava uma série de tremores secundários desde o sismo do último dia 5.
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Até aqui, no entanto, os tremores não haviam desencadeado novas cenas de destruição nos países. Desta vez, as informações iniciais mostram que o cenário pode ser outro.
Duas pessoas que estavam na região de Antakya, ao sul da Turquia, no momento do tremor disseram à agência Reuters que mais danos foram causados a edifícios do local.
Muna Al Omar, residente local, relatou que estava com o filho de 7 anos em uma barraca improvisada. "Achei que a terra ia se abrir sob meus pés."
O Centro Sismológico Europeu do Mediterrâneo informou que o tremor desta segunda, que também atingiu Egito e Líbano, ocorreu a uma profundidade de 2 km.
AJUDA HUMANITÁRIA
Horas antes, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse em uma visita à Turquia que Washington ajudaria o país "pelo tempo que for necessário", já que as operações de resgate após o terremoto de 6 de fevereiro estavam diminuindo e os esforços, sendo direcionados para abrigar quem perdeu suas casas e para trabalhos de reconstrução.
A assistência humanitária dos EUA para apoiar a resposta ao terremoto na Turquia e na Síria chegou a US$ 185 milhões, informou o Departamento de Estado dos EUA.
De acordo com o presidente turco, Tayyip Erdogan, as obras de reconstrução de quase 200 mil apartamentos em 11 províncias do país atingidas pelo terremoto começarão no próximo mês. Ao todo, cerca de 385 mil apartamentos foram destruídos ou gravemente danificados.
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