Equipes de arqueólogos que faziam um trabalho de escavação em Cladh Hallan, um assentamento escocês da Idade do Bronze, encontraram duas múmias bizarras de três mil anos. Ao analisá-las, os pesquisadores tiveram uma surpresa intrigante. Isso porque eles constataram que elas são "múmias Frankenstein", ou seja, constituídas pelos restos mortais de até seis pessoas intencionalmente fundidas.
As suspeitas começaram ao estudar os dois corpos. As análises apontaram que o torso, crânio e pescoço e mandíbula inferior do esqueleto do sexo masculino pertencem a três homens diferentes. Testes de DNA indicaram que o outro esqueleto também é um composto. Ele é formado por um crânio masculino, um torso feminino e o braço de uma terceira pessoa, cujo gênero não foi determinado.
VEJA:
O primeiro corpo foi aparentemente montado entre 1260 a.C. e 1440 a.C., enquanto o segundo foi montado entre 1130 a.C. e 1310 a.C. A datação por carbono indica que o crânio da múmia feminina é provavelmente 50 a 200 anos mais velho que o torso.
Os especialistas ainda não sabem ao certo por que essa prática ocorreu, mas acreditam que essas múmias "Frankenstein" podem ter funcionado como um documento legal, já que os direitos à terra nessa época provavelmente dependiam de reivindicações ancestrais. Assim, a fusão de diferentes partes do corpo ancestral em uma única pessoa pode ter representado a união de diferentes famílias e suas linhas de descendência.
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