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INFECÇÃO

Mulher com gripe tem pernas amputadas na Inglaterra

Ela também corre risco de perder a maior parte de seus dedos nos próximos dias.

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Imagem ilustrativa da notícia Mulher com gripe tem pernas amputadas na Inglaterra camera A professora Julianna Bransden, 44, teve as duas pernas amputadas de corre risco de perder os dedos das mãos. | Reprodução/ Tim Bransden

Uma professora infantil teve as duas pernas amputadas depois de ser hospitalizada com sintomas de gripe, em Pembrokeshire, no Reino Unido. Ela também corre risco de perder a maior parte de seus dedos nos próximos dias.

Julianna Bransden, 44, estava comemorando o Natal com a família quando se sentiu mal e decidiu ir para a cama. Quando acordou, não conseguia mais levantar a cabeça do travesseiro.

Tim, marido da professora, chamou a emergência. Os médicos disseram que Julianna precisava apenas descansar, mas ele insistiu para que enviassem uma ambulância. Quando chegou ao hospital, os médicos detectaram que a paciente tinha sepse e precisava de ventilação mecânica. Eles descobriram que ela realmente estava gripada, mas também enfrentava uma forte pneumonia e infecção por strep A, bactéria normalmente encontrada na garganta e na pele.

Desde então, a professora passou 18 dias em coma e mais de dois meses na UTI por choque séptico, duas paradas cardíacas e falência múltipla de órgãos. Ela sofreu danos graves nas mãos e nos pés, teve as duas pernas amputadas abaixo do joelho e também deve perder a maioria dos dedos, devido a sepse.

"A enfermeira da UTI que tratou Julianna trabalha no hospital há 22 anos e disse que nunca tinha visto ninguém assim", conta Tim.

A sepse é uma condição comum, potencialmente fatal, que ocorre quando substâncias químicas são liberadas na corrente sanguínea para combater uma infecção e desencadeiam uma inflamação em todo o corpo. Se não tratada, pode danificar sistemas de órgãos, e, às vezes, leva à morte.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a sepse é uma das doenças que mais mata no mundo. Somente no Brasil, são 240 mil vítimas a cada ano. Os sintomas mais comuns incluem febre, dificuldade respiratória, pressão arterial baixa, ritmo cardíaco acelerado e confusão mental.

Julianna segue internada no hospital, porém deixou os cuidados intensivos na semana passada. Na quinta-feira (9), passou por uma cirurgia, depois de apresentar um sangramento no estômago.

"Estávamos orando desesperadamente para que ela sobrevivesse. Agora estamos muito confiantes de que ela irá voltar para casa", disse a irmã Jac Burgess.

A família de Julianna está arrecadando dinheiro para apoiar a recuperação da professora. As doações chegaram a quase 45 mil libras (aproximadamente R$ 287 mil) em pouco mais de 24 horas. De acordo com Tim, o dinheiro será utilizado para adaptar a casa para receber uma cadeira de rodas.

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