As aranhas migalomorfas (conhecidas como tarântulas) estão presentes na massa terrestre australiana desde antes da dissolução do supercontinente Gondwana. Atualmente, a espécie está representada nessas latitudes por uma fauna diversificada. Apesar de sua extensa história evolutiva, apenas um fóssil de aranha migalomorfa foi encontrado na Austrália.
Este registro sombrio é o resultado da fragilidade dos animais e a tendência das fêmeas para permanecerem dentro das suas tocas. Portanto, a falta de fósseis na Austrália dificultou o deciframento da evolução da espécie.
A pesquisa "A large brush-footed trapdoor spider (Mygalomorphae: Barychelidae) from the Miocene of Australia", publicada na revista Zoological Journal, descreveu o fóssil recentemente encontrado da aranha Megamonodontium mccluskyi e segundo o artigo, a espécie se assemelha superficialmente às aranhas de alçapão atualmente encontradas no oeste de Nova Gales do Sul.
São semelhantes às Idiommata, por serem robustas de corpo e pernas, além de pedipalpo truncado (espécie de apêndice duplo).
No entanto, a falta de uma escápula e a presença de uma patela longa e dentes na garra nas patas, sugerem que a espécie é mais basal do que as que vivem na Austrália. A equipe de pesquisa propôs que esta espécie está intimamente relacionada com a aranha Monodontium do Sudeste Asiático e de Papua Nova Guiné.
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Características
Em termos de tamanho, Megamonodontium mccluskyi é o segundo maior fóssil de aranha do mundo. O primeiro lugar é atribuído à Mongolarachne jurássica do período homônimo que habitou a China, e possui comprimento corporal de 24,6 mm.
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Para se ter uma ideia, a Megamonodontium mccluskyi tem cinco vezes o tamanho da aranha Monodontium existente atualmente. É por isso que tem seu nome precedido de “Mega”. Em algumas aranhas migalomorfas, as cerdas também podem gerar sons. A ausência da Monodontium e da Megamonodontium sugere que os ancestrais foram extintos nos últimos 15 milhões de anos.
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