Um fazendeiro de Beachport, na Austrália, avistou um animal raro em sua propriedade. Para tentar proteger suas galinhas, após uma delas ter sido morta, ele com ajuda do serviço de Parques Nacionais e Vida Selvagem do estado montou uma armadilha para capturar o possível predador. Para surpresa de todos, o animal capturado era um quoll malhado — espécie que não é registrada no estado há mais de 130 anos.
Ao The Guardian, Pao Ling Tsi contou que quando a ave foi morta, ele chegou a registrar o predador através de câmeras de segurança e por não reconhecer o tipo de animal pelas imagens, pediu de ajuda ao serviço governamental. “Eu esperava encontrar um gato, mas encontrei um animal ameaçado de extinção”, afirmou.
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Segundo a organização australiana Brush Heritage, há quatro espécies de quoll no país. A que foi encontrada nas terras de Tsi foi a quoll rabo-manchado (Dasyurus maculatus) ou gato-tigre.
Considerado um dos maiores carnívoros, o animal pode chegar até 1,25 m (contando com sua cauda) e pesar 5 kg. Eles podem se alimentar pássaros médios e pequenos mamíferos, como coelhos.
Apesar de existir em outras regiões do país, o guarda florestal de Limestone Coast Ross Anderson contou que essa espécie não é registrada há mais de 130 anos no estado, sendo este o “primeiro registro oficial em anos”. “Houve alguns avistamentos não oficiais, mas ninguém teve um animal fotografado ou em suas mãos nesses últimos anos”, disse Anderson.
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Os quoll rabo-manchado são considerados quase extintos, segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), citado pela Brush Heritage. Ainda segundo a organização, estima-se que existam apenas cerca de 14 mil na natureza.
CONHEÇA MAIS SOBRE O QUOLL:
No caso da Austrália Meridional, seu sumiço pode estar ligado à perda de habitat, predação e competição com gatos e raposas, informou o guarda florestal citado pelo jornal britânico.
Os guardas florestais ainda não sabem de onde o quoll veio. Ele foi levado ao veterinário para verificar se havia algum chip (para checar se ele fugiu de algum cativeiro) e ser tratado contra sarna. Também foram retirados alguns pelos do animal para recolher amostras de DNA. Segundo a reportagem, o quoll será solto na natureza novamente.
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