Pesquisadores das universidades de Linnaeus e de Estocolmo, na Suécia, descobriram um vazamento de metano (CH4), um gás potencialmente perigoso, durante uma expedição à depressão oceânica Landsort Deep, no Mar Báltico. Os cientistas garantem ter encontrado a 400 metros abaixo da superfície da água, o escape que se estende por uma área de 20 quilômetros quadrados, equivalente a 4 mil campos de futebol.
O projeto de pesquisa, liderado pelo professor de ciências ambientais da Universidade Linnaeus, Marcelo Ketzer, tinha como objetivo "expandir o conhecimento sobre o metano e as suas fontes e sumidouros nos ambientes isentos de oxigênio nas partes mais profundas do Mar Báltico".
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Quando detectaram o vazamento, os pesquisadores se surpreenderam por saber que existe um mecanismo totalmente inédito de fornecimento de metano no fundo do Mar Báltico, até que ponto as bolhas do CH4, que geralmente dissolve na água, subiram na coluna de água em direção à superfície do mar.
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O Observatório Internacional de Emissões de Metano (IMEO) divulgou análises de imagens obtidas por satélite que confirmaram o impacto do vazamento dos gasodutos e a grande nuvem de metano no Mar Báltico.
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De acordo com Ketzer, a altura máxima que eles esperavam que as bolhas de metano pudessem atingir era 50 metros do fundo. Mas as bolhas do Landsort Deep chegaram a atingir 380 metros na coluna de água, ou seja, a apenas 20 metros da superfície.
Em um vídeo, o Icos simula o movimento do metano pela atmosfera (AQUI).
Até o momento, os especialistas não conseguiram estabelecer com precisão nem mesmo a altura que as bolhas estão atingindo. Verificações feitas pelo sonar mostraram bolhas a cerca de 40 metros da superfície do mar, mas é possível que elas cheguem a níveis ainda mais altos.
No entanto, os dois pesquisadores acreditam que o fenômeno pode estar ligado à ausência de oxigênio nas águas profundas do Báltico. Sem oxigênio, os níveis de metano dissolvido na água do oceano podem se elevar, o que ajuda as bolhas a conservar o gás natural.
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