A Colômbia decidiu que irá sacrificar alguns dos hipopótamos descendentes dos animais que foram importados por Pablo Escobar, antigo líder do Cartel de Medellín. Nos últimos três anos, os animais vindos ilegalmente da África pelo narcotraficante, morto em 1993, se tornaram uma grande dor de cabeça para o governo colombiano.
Atualmente, são 166 hipopótamos e, segundo cálculos do ministério do Ambiente, caso a reprodução não seja freada agora, essa marca poderá ultrapassar a de 1000 animais até 2035. "Eles estão se reproduzindo sem controle", disse Susana Muhamad, ministra do Ambiente da Colômbia, nesta quinta-feira (2), sobre os animais que vivem no rio Magdalena. O local está a 200 quilômetros da capital Bogotá.
Em 2021, o governo colombiano chegou a esterilizar 24 de mais de 80 animais encontrados na época. Susana Muhamad não informou a data do sacrifício, mas adiantou que as autoridades pretendem esterilizar alguns animais da espécie já na próxima semana. Outra medida prevista pelo governo é o envio de alguns hipopótamos para outros países como México, Filipinas e Índia.
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Os hipopótamos chegaram à Colômbia pelas mãos de Pablo Escobar. Ele trouxe um casal da África para seu zoológico pessoal da Fazenda Nápoles, na região de Magdalena Medio, no centro-norte da Colômbia, no final dos anos de 1980. Ele teria gasto cerca de R$ 26 milhões para comprar os animais -- junto com zebras, elefantes, girafas e outras espécies.
Escobar era considerado o maior narcotraficante do mundo. Após a sua morte, o governo colombiano confiscou algumas das propriedades. Os hipopótamos conseguiram fugir por falta de fiscalização e a partir daí começaram a se reproduzir no rio mais importante do país. Como a espécie não possui um predador natural na Colômbia, a sua presença virou um transtorno para outros animais da região. Eles também passaram a assustar os pescadores.
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