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ANTES DE CRISTO

Rosto de escravo crucificado há 2 mil anos é recriado

Esqueleto, que tinha prego de 5 cm atravessado pelo osso do calcanhar, foi descoberto em cemitério romano; análise da ossada sugere que indivíduo sofreu antes de morrer

Imagem ilustrativa da notícia Rosto de escravo crucificado há 2 mil anos é recriado camera Esqueleto 4926, o homem crucificado, encontrado em um dos cemitérios romanos desenterrados na vila de Fenstanton. | Foto: Universidade George Mason

A crucificação, uma pena de morte conhecida pela história de Jesus Cristo, foi usada por centenas de anos – tanto antes quanto depois da época do profeta e líder religioso do século 1. Apesar de ter sido comum no mundo romano, suas evidências são extremamente raras; isso porque os pregos nem sempre eram usados durante as execuções, segundo um estudo divulgado em 2021.

A vítima normalmente era apenas amarrada a uma barra e os corpos geralmente não recebiam sepultura formal. Quando pregos eram utilizados, eles normalmente eram removidos após a crucificação, sendo descartados ou reutilizados como amuletos.

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Um artista forense resolveu recriar o rosto de um homem que foi crucificado na Grã-Bretanha romana, cerca de 2 mil anos atrás. O esqueleto, que possuía um prego atravessado pelo osso do calcanhar, foi achado durante uma escavação no Condado de Cambridge, na Inglaterra.

No local funcionava uma antiga fábrica de engarrafamento de leite, onde foram escavados cinco pequenos cemitérios romanos que continham os restos mortais de adultos e crianças, datando do século 4 d.C.

Arqueólogo próximo ao túmulo do homem crucificado
📷 Arqueólogo próximo ao túmulo do homem crucificado |Foto: Albion Archaeology

Joe Mullins, um artista forense da Universidade George Mason, da Virgínia, Estados Unidos, foi quem realizou a reconstituição facial do homem. "Estou encarando um rosto de milhares de anos atrás, e olhar para ele é algo de que eu nunca vou esquecer", ele diz no documentário da BBC.

Esqueleto do homem crucificado
📷 Esqueleto do homem crucificado |Foto: Albion Archaeology

Ao analisarem informações de DNA, Mullins e seus colegas concluíram que o homem tinha cabelos e olhos castanhos. "O afinamento de suas pernas, lesões punitivas e sinais de imobilização indicavam que ele havia sido crucificado", afirma um comunicado da Universidade George Mason.

A aproximação facial final de um escravo romano que viveu há 1.700 anos na Inglaterra.
📷 A aproximação facial final de um escravo romano que viveu há 1.700 anos na Inglaterra. |Foto: Universidade George Mason

Já os motivos por trás da morte do homem ainda são desconhecidos, mas seus restos mostram que um prego de cerca de 5 cm havia sido atravessado por seu osso do calcanhar. Uma análise mais aprofundada revelou que o indivíduo era um homem escravizado que foi brutalmente crucificado durante o século 3 ou 4 d.C., segundo o site Live Science.

Prego de ferro atravessa o osso do calcanhar do esqueleto do homem
📷 Prego de ferro atravessa o osso do calcanhar do esqueleto do homem |Foto: Albion Archaeology

Análise dentária sugeriu que o homem, chamado de "Esqueleto 4926" pelos arqueólogos, tinha entre 25 e 35 anos e cerca de 1,70 metros de altura. Técnicas de datação por radiocarbono apontaram que ele morreu entre 130 e 360 d.C.

Os restos do indivíduo apresentavam indícios de que ele sofreu antes de falecer: suas pernas tinham sinais de infecção ou inflamação causada por um distúrbio sistêmico após ter sido amarrado ou acorrentado.

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