Tubarão com "dentes de vampiro" é achado nos EUA

No oceano, quanto mais fundo você vai, mais estranhos vão ficando os seus habitantes. Nos últimos anos, uma grande variedade de criaturas marinhas bizarras, que eram consideradas extintas, surgiram em nossos mares surpreendendo os pesquisadores ao redor do mundo.

Agora, cientistas dos Estados Unidos descreveram uma nova espécie de tubarão do período Paleoceno com dentes curvados e finos, semelhantes a uma agulha, descritos como “dentes de vampiro”. A descoberta se baseou em 17 dentes fossilizados encontrados no estado americano do Alabama.

Conteúdos relacionados:

• Após 600 anos, tartarugas gigantes surgem em Madagascar
• Pegadas humanas de 90 mil anos são achadas no Marrocos
• Cabeça de lobo gigante, de 30 mil anos, é achada na Rússia

O animal marinho é conhecido como Palaeohypotodus, espécie já extinta de tubarões lamniformes que foram do final do Período Cretáceo (144-66 milhões de anos atrás) ao final do Eoceno (56-34 milhões de anos atrás) e que inclui apenas três espécies conhecidas.

Os tubarões desse gênero têm dentes grandes, caracterizados pelo seu comprimento e forma de gancho na ponta, com bordas cortantes, um ou mais pares de cúspides (pontas) laterais e dobras ao longo da coroa dental. Apesar dos Palaeohypotodus serem conhecidos, em geral, pelos fósseis de dentes isolados, há pelo menos um esqueleto completo do gênero.

A nova espécie foi batizada de Palaeohypotodus bizzocoi, e estima-se que tenha vivido há 65 milhões de anos atrás. Os 17 dentes que identificaram o novo tubarão estavam nas coleções históricas da instituição Pesquisa Geológica do Alabama, coletados há mais de 100 anos e nunca estudados tão a fundo.

Quer mais notícias do mundo? Acesse nosso canal no WhatsApp

Esses fósseis estavam na Formação Porters Creek e foram encontrados por Jun Ebersole, diretor de coleções no Centro de Ciência McWane, que, ao notar não reconhecer os dentes desse tubarão em particular, buscou saber sua espécie e se deparou com um novo animal.

O achado foi reportado pela revista Pensoft Publishers e deve ajudar a mostrar como a vida na Terra, especialmente no oceano, se recupera após grandes extinções em massa e no entendimento de como eventos globais, como as mudanças climáticas, podem afetar a vida marinha nos dias atuais.