A construção do grande muro entre EUA e México e a prisão de imigrantes em gaiolas parecia ter ficado no passado com a saída de Donald Trump da presidência dos EUA em 2020. No entanto, com a queda da popularidade do atual presidente, Joe Biden, e uma possível candidatura de Trump à presidência do país novamente, a realidade parece ser outra.

Em um discurso no sábado (16), durante o evento de apoio à candidatura de Bernie Moreno ao Senado nas primárias republicanas, o ex-presidente chamou imigrantes de "animais" e afirmou que o país será palco de um "banho de sangue" caso ele não ganhe as eleições de novembro.

O ex-presidente elogiou os condenados pela invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando seus apoiadores tentaram impedir a certificação da vitória de Biden. Após chamá-los de "reféns" e "patriotas", Trump prometeu ajudá-los caso seja eleito na votação deste ano.

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A alternativa é vista de forma apocalíptica pelo favorito do Partido Republicano para concorrer em novembro. "Não creio que teremos outra eleição, ou certamente não teremos uma eleição que seja significativa", afirmou Trump sobre um eventual cenário de derrota.

"Se eu não for eleito, será um banho de sangue para todos, isso será o mínimo. Será um banho de sangue para o país", afirmou, em outro momento, em meio a uma fala a respeito da imposição de tarifas sobre carros importados.

Durante o discurso, o empresário repetiu as acusações falsas, desmentidas por inúmeras provas, de que houve fraude eleitoral nas eleições de 2020. Ele também disse, sem que outros países estão enviando seus presos para os EUA, e afirmou que esses imigrantes são 'animais' "Eles não são pessoas, na minha opinião", disse.

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Trump tentou reverter o discurso a seu favor afirmando, sem apresentar provas, que "ninguém foi mais prejudicado pela invasão de imigrantes de Joe Biden do que as grandes comunidades afro-americanas e hispânicas". De acordo com pesquisas, Trump vem reduzindo a vantagem de Biden entre eleitores não brancos.

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